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Enviada em: 14/10/2017

Karl Marx,em sua obra ‘Manifesto Comunista’, parte de uma análise histórica da sociedade que salienta várias formas de opressão social e situa a burguesia da época como uma nova classe opressora.Nessa literatura, o autor expõe as mazelas que são provocadas pelo capitalismo e pela superexploração dos donos de meio de produção.No contexto atual, as circunstâncias de trabalho que são impostas pelo patronato brasileiro em regiões ermas do Brasil se caracterizam como condições análogas à escravidão,marcadas por uma labuta degradante e mal remunerada,que necessita de intervenções sociogovernamentais para ser reduzida.       Hodiernamente, o combate ao trabalho escravo no Brasil enfrenta diversos impasses que são responsáveis pelo aumento de trabalhadores submetidos à situações degradantes de trabalho.Dentre esses fatores, pode-se citar a necessidade e a urgência que alguns indivíduos têm por um emprego no meio rural,bem como a dependência de supostos benefícios que são oferecidos pelos latifundiários,uma condição que remete ao período do coronelismo brasileiro.Em concordância com uma notícia do portal BBC,até o ano de 2014,o Brasil abrigava cerca de 150 mil pessoas em situações que abrangem escravidão por dívida ou trabalho forçado.Assim sendo, pais de família subjugam-se a receber salários baixos e a trabalhar várias horas por dia,sem acesso aos direitos e benefícios que estão previstos na Consolidação das Leis do Trabalho.       Ademais,a ausência de políticas públicas efetivas que visam a fiscalizar e a combater efetivamente as situações de trabalho que são análogas ao regime de servidão compulsória também são fatores que explicam a persistência deste no país.De acordo com uma notícia veiculada no portal G1 no ano de 2017,a ausência de verbas incumbida,nesse mesmo ano,por uma limitação do orçamento para a fiscalização dos trabalhos escravo e infantil no Brasil ficou restrita a um orçamento de 30%.Nessa analogia,é possível verificar que a insuficiência das verbas estatais também é um desafio no combate dos problemas expostos e fomenta a permanência de trabalhadores em condições de exploração.        Infere-se,portanto, que a problemática discutida necessita ser amenizada. E para isso, o Ministério do Trabalho deve rever seus orçamentos e redirecionar mais verbas à fiscalização do trabalho escravo no Brasil.Dessa maneira, os trabalhadores poderão ser resgatados e as práticas que se assemelham ao coronelismo do século XX serão reduzidas no ambiente rural.Outrossim,o Ministério Público do Trabalho deve veicular campanhas midiáticas que estimulem a denúncia,por parte da população, de condições de trabalho degradantes.Dessa forma, a fiscalização será mais eficaz e os responsáveis pela superexploração da mão de obra serão detidos e punidos,o que reduzirá a problemática  no país.