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Enviada em: 14/10/2017

No século XIX, foram criadas leis que impediam a escravidão, como a Lei Euzébio de Queiróz e a Lei Áurea, assinadas em 1850 e 1888 respectivamente. No entanto, atualmente, ainda existe trabalho escravo mesmo que de forma restrita e imperceptível, por ser de menor proporção à aquela registrada antes da criação das leis. A maioria dos trabalhadores escravos de hoje, no Brasil, possuem menos oportunidades, seja devido a baixa escolaridade, seja por fator econômico, sendo submetidos ao trabalho compulsório sem direitos garantidos por lei.   A maioria dos chamados "escravos modernos" não possuem ensino fundamentou ou médio completo, fazendo com que eles não possuam um emprego de qualidade e trabalhem de forma exaustiva, pois, como teorizou Pitágoras, é educando as crianças que não será necessário castigar os homens. Além disso, por não terem nenhum poder aquisitivo, acabam se deslocando para lugares distintos de onde moram em busca de melhores oportunidades de vida e acabam sendo vítimas do trabalho escravo.   Na visão de Jean-Paul Sartre, a violência é sempre uma derrota. O trabalho sem direitos trabalhistas é uma derrota tanto ao empregado, quando ao patrão, visto que por não receber de acordo com seu trabalho e ainda ser submetido a intensas horas de trabalho, essa pessoa não fará sua função da melhor forma, acarretando em uma mercadoria com qualidade abaixo do ideal, prejudicando o próprio patrão. Recentemente foram libertos 7 pessoas no Rio Grande do Sul que trabalhavam de forma similar a escravidão, sem os direitos da CLT.   Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. É pertinente que a sociedade ao perceber alguém exercendo trabalho próximo ao escravo, denuncie o fato através da polícia civil, para que os responsáveis sejam punidos e o número de trabalhadores que sofrem tal ato seja reduzido. É importante também, que o Ministério da Educação, em parceria com os Estados, influenciem os jovens a concluírem a educação básica, criando melhores condições de estudo e assim, possam ter uma formação qualificada e não precisem ficar a mercê de patrões que não exercem duas funções de acordo com a lei. Afinal, como afirmou o filósofo Aristóteles, a educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces.