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Enviada em: 17/10/2017

O Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir o trabalho escravo de forma oficial, o que ocorreu no final do século XIX. No entanto, em termos práticos, esse problema continua a existir nos dias atuais. De modo que, mais de 125 anos após abolição da escravatura, o Brasil ainda combate uma versão moderna do tipo de trabalho forçado. Mais de 2 mil pessoas são libertadas todos os anos no país em condições análogas à de escravos.  Contudo, Se por um lado não existem mais correntes ou senzalas, por outro, são inúmeras as semelhanças relatadas por trabalhadores de condições que remetem a uma escravidão contemporânea.Tais como, ameaças de morte, castigos físicos, dívidas que impedem o livre exercício do ir e vir, alojamentos sem rede de esgoto ou iluminação, sem armários ou camas, jornadas que ultrapassam 12 horas por dia, sem alimentação ou água potável, falta de equipamentos de proteção, promessas não cumpridas. Logo, é considerado escravidão quando há condição degradante de trabalho, jornada exaustiva e cerceamento de liberdade.   Por conseguinte, o Código Penal define uma pena de reclusão de dois a oito anos e multa para quem pratica tal crime. Ainda assim, cresce ainda mais, o número de pessoas, incluindo crianças e adolescentes, escravizadas no país.  Portanto, para resolver o impasse é preciso disponibilizar o acesso a educação, assim as vitimas estarão disponíveis a informação, ou seja, terão o conhecimento de leis, não caindo nos golpes. É preciso, também, o aperfeiçoamento da assistência das organizações que resgatam trabalhadores escravizados. Tendo o alojamento à vítima, o pagamento de direitos e a qualificação profissional. Sem esquecer da repressão ao criminoso, tendo a compensação financeira ao trabalhador e a sua punição. Afinal, somos todos humanos e como já dizia o filósofo Arthur Schopenhauer, "Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo".