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Enviada em: 19/10/2017

É notório que o trabalho escravo faz parte da sociedade brasileira. No Brasil Colônia, negros e índios foram escravizados, na contemporaneidade, imigrantes são os novos alvos da escravidão. Desse modo, é perceptível que a relação entre explorados e exploradores sempre existiu, no entanto, são necessárias alternativas para combater o trabalho escravo no século XXI.       Primeiramente, cabe pontuar que o desconhecimento das leis e direitos trabalhistas é um precursor da escravização. Prova disso, é que em diversos casos as pessoas escravizadas desconhecem os direitos trabalhistas e as leis vigentes em nosso país, por serem imigrantes e/ou analfabetos. No entanto, é inaceitável a persistência da escravização de pessoas , visto que causa danos a pessoa explorada, que se sente coagida e com medo de denunciar os patrões e, além disso, fere a dignidade humana ao serem submetidos a situações absurdas de fome, maus tratos e isolamento social.             Por outro lado, a sociedade contribui para manutenção do trabalho escravo ao comprar produtos com baixos valores agregados e livres de impostos. Em São Paulo, por exemplo, existem várias oficinas clandestinas de confecções de roupas, que exploram a mão de obra imigrante boliviana, por isso vendem roupas a preços tão acessíveis. Nesse contexto, é inegável que a sociedade possui  parcela de culpa na continuidade da escravização de pessoas no Brasil e precisa ter noções de consumo consciente para não compactuarem com o agravamento do trabalho escravo no Brasil no século XXI.       A fim de que se combata, portanto, esse quadro desumano, cabe ao Ministério da Justiça, em parceria com canais de televisão e rádio, divulgarem trechos da legislação trabalhista em propagandas obrigatórias e promoverem debates em jornais com especialistas, objetivando conscientizar e educar os brasileiros sobre o trabalho escravo e o consumo consciente e, além disso, devem incentivar a denúncia do trabalho escravo.