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Enviada em: 21/10/2017

Apesar de ter sido um dos ultimos países a abolir a escravidão em seu território, o Brasil - assim como tantos outros - mostra não ter aprendido com os erros de seu passado, uma vez que essa prática, mesmo ilegal, ainda é uma realidade. Nesse contexto, é possível perceber que são muitos os desafios do combate do trabalho escravo no século XXI, e neles, a necessidade de enfrentar as falhas sociais e, principalmente, políticas nessa questão.    Em primeira instância, deve-se entender como a falta de plena compreensão por parte da população influencia negativamente nessa problemática. A visão singular sobre o conceito de escravidão tende a impedir o reconhecimento dessa, dificultando seu combate. É primordial relacionar a falta de estrutura adequada, assim como outras formas de infringir as leis trabalhistas, como possíveis condições análogas à escravidão. Todavia, o problema infelizmente não é abordado na mesma proporção que ocorre.    Conectado ao fator social, as políticas contra essas ações, também são precárias. Mesmo com a realização de resgates e pagamento de indenizações quando o ato criminoso é comprovado, há um grande deficit em relação à sua prevenção. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, mais da metade dos casos acontece em áreas urbanas, o que deixa claro que o Estado falha ao não prever de maneira eficiente as  regulamentações trabalhistas, não só em locais isolados, como em áreas de maior visibilidade.      Evidencia-se, portanto, que a sociedade e o governo devem ser aliados no combate ao trabalho escravo. A população, previamente esclarecida, terá melhores condições de realizar as denúncias. O governo, por sua vez, deve viabilizar, por meio de órgãos competentes, fiscalizações regulares e em curtos períodos de tempo, assim como leis mais rígidas, evitando que a situação se prolifere.