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Enviada em: 30/10/2017

A nova  portaria do ministério do trabalho, que redefine as condições para autuação de trabalha análogo à escravidão, era necessária. Contudo, da maneira como foi feita, apenas agrava o problema pois atende os interesses de quem não se importa em colocar trabalhadores em situações degradantes.       A aprovação das novas regras, em outubro de 2017, se deu através de interesses do presidente Michel Temer em manter-se no poder sem que seus crimes fossem investigados, para isso, o mesmo agradou os desejos da bancada ruralista que exigia a aprovação das alterações. A mudança basicamente consiste em desconsiderar situações degradantes e jornadas exaustivas como trabalho análogo a escravidão, sendo apenas considerado casos em que ocorre o cárcere dos trabalhadores.     A nova regulamentação desconsidera que exista abuso, por parte dos empresários, de trabalhadores que precisam desesperadamente de emprego para sustentar suas famílias. Assim, permite que estes sejam colocados em situações humilhantes como dormir em lugares abertos, se alimentarem de qualquer coisa e trabalharem até a exaustão. Como já é conhecido, a maior parte do trabalho escravo é cometido com imigrantes que estão aquém dos direitos que possuem. O filósofo Thomas Hobbes já dizia "o homem é o lobo do próprio homem". Nesse contexto, a retirada do poder de autuação dos fiscais facilita que o empresário devore os trabalhadores.       Conclui-se, portanto, que ao contrario do que era esperado, o estado praticamente legalizou o trabalho escravo permitindo que os empresários abusem livremente da fragilidade das pessoas. Atitudes como essas, devem ser repudiadas pela população através de protestos e manifestações. Além disso, o voto deve ser a arma da população para retirada da bancada ruralista que a séculos tem governado apenas por interesses próprios.