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Enviada em: 31/10/2017

O trabalho escravo começou no período colonial e se arrastou por gerações até século XXI, o que é contraditório, uma vez que foram criadas diversas leis trabalhistas, principalmente na década de 30, com a Era Vargas. Esse serviço forçado ocorre principalmente com as minorias e o maior vilão é o consumismo desenfreado em que vivemos.       Além disso, crianças e estrangeiros são alvos considerados fáceis para quem comete esse tipo de criminalidade. Segundo dados do IBGE, pessoas de outras nacionalidades e jovens somam 67% dos trabalhadores resgatados. Isso ocorre pois, crianças além de serem mais indefesas, acabam muitas vezes trocando sua mão-de-obra por itens básicos, como brinquedos ou roupas. Já no caso dos estrangeiros, são predominantes pois além de estarem em um local em que desconhecem a legislação trabalhista, eles tem seus documentos retidos, como passaporte, identidade e CPF sendo então mais difícil ainda conseguir voltar ao seu país de origem.             Isso são consequências do capitalismo exacerbado em que vivemos. Desde a Revolução técnico-científica-informacional, as empresas ganharam ainda mais espaço nesse mundo globalizado. E os empresários muitas vezes acabam utilizando da imoralidade pra conseguir aumentar seus lucros. Deixando um operário trabalhar exaustivamente, em péssimas condições de higiene e até sem receber, como no caso da escravidão por dívida, onde ocorre o serviço em troca de comida e moradia degradadas. De acordo com o site "gov/justiça" no ano de 2016, foram resgatados 885 pessoas, comprovando que ainda estamos longe de extinguir essa realidade.       Em vista dos fatos supracitados, é urgente que sejam criadas medidas para atenuar essa lamentável realidade. Uma vez que a liberdade é considerada o pilar da democracia, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. É necessário por parte da mídia, que incentive cada vez mais a denúncia a essa situação, passando comerciais em horários de novelas nobres e organizando panfletos para serem entregues perto de empresas. Além disso, cabe ao governo triplicar seu número de inspeções, principalmente em mineradoras, já que lá se encontra o maior número de resgatados, garantindo assim que mais trabalhadores se livrem dessa situação. A CLT deve criar um auxílio financeiro para os resgatados, garantindo que suas necessidades sejam suprimidas enquanto se recuperam desse trauma e procuram novos emprego dignos.