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Enviada em: 02/11/2017

O Brasil  aboliu a escravidão no dia 13 de maio de 1888 com a Lei Áurea, entretanto a herança do antigo modelo de trabalho permanece até o presente. A violação intensa e persistente de direitos básicos, inclusive do direito ao trabalho digno são marcas da exploração servil, que segundo dados do Ministério do Trabalho, atingiram cerca de 1000 trabalhadores, no Brasil, no ano de 2015.     Em primeiro plano, a persistência do trabalho análogo ao escravo no cenário brasileiro é consequência da falta de inserção escolar dos explorados. Isso se deve ao fato de que, a maior parte das vítimas de exploração servil são analfabetas e desempregadas e por isso se submetem a essas condições degradantes de vida. Segundo dados do Ministério do trabalho, 80% dos explorados não apresentam escolaridade. Sendo assim, as péssimas condições  em que os trabalhadores são inseridos no âmbito socioeducacional desencadeiam uma necessidade de submissão, para que os explorados consigam sobreviver.     Sob essa conjectura, percebe-se a presença do capitalismo exacerbado como forma de dominação social dos explorados. Isso ocorre, pois altas cargas horárias e baixos salários, significam o aumento da produção e por consequência do lucro de empresas. Atrelado a isso, o mecanismo de exploração servil, podia ser observado na primeira revolução industrial. Onde, na maioria das vezes, o trabalho tinha uma sobrecarga muito intensa, os trabalhadores faziam o serviço em dezesseis horas por dia, em condições degradantes e em fábricas precárias de higiene. Diante disso, a busca intensa ao lucro máximo de empresas capitalistas, ignoram os perigos a quais são expostos os trabalhadores, tendo como resultado diversos acidentes de trabalho e esgotamento físico, por parte dos explorados.      Portanto, o trabalho análogo escravo no Brasil, está ligado a problemas sociais como a falta de instrução escolar dos explorados, além de uma motivação pelo aumento do lucro, por parte de empresas capitalistas. Logo, para que ocorra a diminuição dos índices de exploração servil no Brasil, é necessário aplicação de multas , pelo do governo, nas empresas que forem pegas com trabalhadores em condições consideradas inadequadas de emprego. Ademais, deve ocorrer uma construção do pensamento crítico de pessoas pobres, por parte das autoridades, a partir do investimento capital nas escolas públicas brasileiras, para que assim elas tenham possibilidades de melhores empregos no âmbito social.