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Enviada em: 08/11/2017

O Brasil aboliu a escravidão no dia 13 de maio de 1888 com a Lei Áurea, entretanto a herança do antigo modelo de trabalho permanece até o presente. A violação intensa e persistente de direitos básicos, inclusive do direito ao trabalho digno são marcas da exploração servil, que segundo dados do Ministério do Trabalho, atingiram cerca de 1000 pessoas , no Brasil, no ano de 2015.    Em primeiro plano, a persistência do trabalho análogo ao escravo no cenário brasileiro é consequência da falta de inserção escolar dos explorados. Isso se deve ao fato de que, a maior parte das vítimas de exploração servil são analfabetas e desempregadas e por isso se submetem a essas condições degradantes de vida. Segundo dados do Ministério do Trabalho, 80% dos escolarizados não possuem escolaridade. Sendo assim, por os servis não terem acesso ao âmbito escolar acabam por desencadear uma necessidade de submissão, para que consigam sobreviver.    Sob essa conjectura, percebe-se a presença do capitalismo exacerbado como forma de dominação física e social dos explorados. Isso ocorre, pois altas cargas horárias de trabalho e baixos salários, significam o aumento da produção e por consequência do lucro da empresa. Atrelado a isso, o mecanismo de exploração servil podia ser observado na primeira revolução industrial. Onde, na maioria das vezes, o trabalho tinha uma sobrecarga muito intensa, os operários faziam o serviço em dezesseis horas por dia em condições degradantes e condições precárias de higiene. Diante disso, a busca pelo lucro máximo de empresas capitalistas resulta em consequências graves na saúde dos explorados, como o esgotamento físico e doenças causadas pela falta de salubridade nas indústrias.     Portanto, o trabalho análogo ao escravo no brasil está ligado à problemas sociais, como a falta de escolaridade dos servis, além de uma motivação pelo aumento do lucro, por parte de empresas capitalistas. Logo, para que ocorra a diminuição dos índices de exploração servil no brasil é necessário que o governo monitore com ajuda de inspetores fiscais o interior de fábricas, e a aplicação de multas para empresas que forem flagradas com trabalhadores em condições de exploração. Ademais, deve ocorrer a criação de cursos técnicos, pelas autoridades, visando os mais necessitados e a inserção desses no mercado de trabalho a partir da educação.