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Enviada em: 17/02/2018

O Brasil se construiu com a mão de obra escrava. Desde sua colonização pelos portugueses, índios e negros foram submetidos ao trabalho escravo nas minas e fazendas locais. Contudo, mesmo com a abolição da escravatura em maio de 1888, juntamente com o surgimento da legislação trabalhista em 1930, é evidente a perpetuação do escravismo no mercado de trabalho, uma vez que há  desigualdades sociais e falhas na fiscalização.  Em função da baixa escolaridade, muitos cidadãos não conseguem adquirir bons empregos, pois como não possuem a qualificação necessária para assumir postos, acabam se subordinando a atividades mal remuneradas para o sustento da família. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o Brasil alcançou a marca do desemprego de 13,7 %, o equivalente a  14 milhões de desempregados. Desta forma, muitos brasileiros se veem obrigados a se sujeitarem às más condições de trabalho, em sua maioria, sem a garantia dos direitos estabelecidos por lei.  Outrossim, a falta de fiscalização desfavorece a luta pelo fim da escravidão. A população brasileira desconhece a gravidade do trabalho escravo e, com isso, não faz denúncias para ajudar no combate, dificultando a ação dos órgãos competentes. Somando-se a isso, a corrupção fiscal entre policiais e donos de empresas ilegais favorece a perpetuação da clandestinidade.  Em suma, o trabalho escravo permanece enraizado em nossa sociedade.   Para tanto, é necessário ampliar a escolarização para que chegue a todas as classes sociais. Assim sendo,  a destinação de recursos financeiros pelo governo federal, estadual e municipal a fim de investir em melhorias nesse âmbito e capacitar a sociedade é necessária. Ainda, a polícia federal do Brasil poderia agir mais ativamente nas zonas em que há maiores casos de exploração e, com o apoio da mídia, incentivar os brasileiros a denunciarem maus tratos sofridos pelos trabalhadores.