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Enviada em: 27/02/2018

De acordo com o código penal brasileiro, o trabalho análogo à escravidão é um problema que tem como características a realização de serviços forçados, jornadas exaustivas, bem como o cerceamento da liberdade, dentre outros aspectos. Dessa forma, é imprescindível ressaltar que tanto a falta de informação da população, como também questões geoeconômicas favorecem o aparecimento do impasse supracitado.     Durante a Idade Média, a população pobre possuía uma ideia determinista, que era disseminada pela própria Igreja, na qual a condição social era determinada pela divindade, o que evitava revoltas, pois o indivíduo acreditava que, de fato, aceitar a condição vivida era o melhor a se fazer. Semelhantemente na contemporaneidade, diversas pessoas tanto por desconhecimento da lei, como também pela falta de oportunidades se submetem a trabalhos análogos à escravidão por acreditarem que essa situação é a única opção que possuem. Fato esse que é prejudicial e causa diversos danos físicos e mentais ao indivíduo.     Outrossim, aspectos geoeconômicos brasileiros favorecem a manutenção do trabalho análogo à escravidão na contemporaneidade. O Brasil possui um território com dimensões continentais e, dessa maneira, apresenta regiões com diferenças em diversos aspectos, como a urbanização. Assim, é possível analisar que por as regiões Norte e Nordeste possuírem muitas áreas rurais, o processo de fiscalização de serviços impróprios é dificultado, o que auxilia, consequentemente, o surgimento de indivíduos que trabalham de forma semelhante a um escravo.     Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse e minimizar os danos causados pelo trabalho análogo a escravidão na sociedade. O Governo deve utilizar a mídia, que possui capacidade influenciadora, elaborando propagandas que exemplifiquem à população o que caracteriza um serviço que pode ser considerado como semelhante ao de um escravo para que, dessa maneira, a população possa auxiliar no combate ao problema. É imprescindível que o Estado, em associação à Organização Internacional do Trabalho, utilize meios tecnológicos, como drones, para analisar regiões de difícil acesso que podem ser possíveis locais de ocorrência do trabalho escravo e melhorar, assim, a fiscalização em todas as localidades.