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Enviada em: 10/06/2018

A escravidão esteve presente no Brasil desde o período colonial, sendo decorrente da colonização portuguesa. Entretanto, apesar da criação das leis trabalhistas no ano de 1943, durante o governo Vargas, e a posterior abolição da escravidão em 1988, hodiernamente, ainda é evidentes condições análogas às escravas. Nesse contexto, é preciso discutir as causas da continuidade do trabalho escravo e meios de acabar com esse problema.        Primordialmente, é necessário discutir a relação do trabalho escravo com a Revolução Industrial. Ocorrida no século XVIII, essa revolução acarretou consequências desumanas aos trabalhadores das fábricas, que eram privados de leis de segurança à saúde e bem-estar, além de baixa remuneração. Em virtude desse fator, é necessário discorrer sobre o processo de ressignificação da palavra escravo. Apesar da liberdade dessa minoria ser alcançada no século XIX, com o advento da lei Áurea, esse tipo de exploração não foi abolida completamente. Dados do Ministério do trabalho e previdência social apontam que 1010 trabalhadores foram resgatados em situações semelhantes a de escravos comprovando a permanência das condições degradantes de trabalho, a jornada exaustiva e o cerceamento de liberdade.        Concomitantemente vinculada a essa causa está o índice de analfabetismo da população. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 11,8 milhões de analfabetos. O baixo nível de escolarização influencia a baixa capacitação profissional, fazendo com que pessoas que não concluíram o ensino regular tenham dificuldade em ingressar no mercado de trabalho e, por conseguinte, submetendo-se a baixos salários, longas jornadas de trabalho e ausência de lei. Segundo o IBGE 1,18% dos trabalhadores resgatados de trabalho escravo são crianças que possuem idade inferior há 16 anos, por esse motivo, transfiguram-se análogas às condições de escravidão e tornam-se inertes a essa situação.        Dessarte, torna-se necessário medidas para reverter tal problematização. Portanto, a mídia, por meio da publicidade, deve promover campanhas sociais que incentivam as denúncias de trabalho escravo para que a população ajude no combate a esse tipo de trabalho. As escolas, mediante projetos educacionais deve incentivar discussões em grupo que identifiquem ações escravas na atualidade e meios de ajudar a acabar com essa exploração. Além disso, o Ministério da Educação deve fornecer cursos técnicos nas regiões mais carentes para garantir uma formação mais qualificadas à população e, consequentemente, melhor ocupação profissional. Assim, através dessas ações coletivas faremos jus à garantia dos direitos trabalhistas conquistados durante o governo de Getúlio Vargas.