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Enviada em: 20/07/2018

Assim como mencionava o sociólogo contemporâneo Talcott Parsons, a família é uma máquina que produz personalidades humanas. Por consequência, a maioria dos descendentes tendem a adotar o mesmo padrão de vida e, pensando em pouco menos de um século atrás, a tendência incluía um grande número de filhos, que compartilhavam muitas experiências negativas devido à falta de estrutura e o despreparo dos pais. Em vista disso, criou-se, no Brasil, a política de planejamento familiar que, associada a outros fatores, fizeram reduzir a taxa de fecundidade. Todavia, resta saber até que ponto esse declínio trará vantagens ao país.     Mormente, é preciso ressaltar que a inserção da mulher no mercado de trabalho e a ampliação da educação como ferramenta para alcançar uma estabilidade profissional fez com que o desejo de ter filhos se tornasse uma segunda opção. Além disso, como dizia Zygmund Bauman, as pessoas agora vivem em um mundo imediatista, no qual lhe sobra pouco tempo para discussões particulares, entre membros de uma família, por exemplo, o que prejudica o desenvolvimento e a formação dos filhos, já que perdem espaço. Nesse sentido, entende-se a necessidade do planejamento, com o propósito de evitar um futuro desfalque na formação das crianças.      De mesmo modo, foi possível observar que em países desenvolvidos a chegada de projetos como os de educação sexual e de utilização de métodos contraceptivos vieram mais cedo. Isso provocou uma queda na taxa de natalidade, diminuindo paulatinamente a base de suas pirâmides etárias e, ainda, aumentando o seu topo. De maneira análoga, tal situação, de acordo a ONU, chega aos países emergentes, como o Brasil, podendo apresentar um grande risco, uma vez que o conjunto dessas transformações levará o país à crise previdenciária. Não à toa, alguns países europeus já compuseram medidas para incentivar a fecundidade em seus territórios, com auxílios e gastos governamentais, a fim de fomentar a procriação. Fato esse que alerta o Brasil e traz repercussões para o país.    Fica evidente, portanto, que as inovações trazidas e os novos métodos utilizados para evitar uma união familiar indesejada contribuíram bastante, mas será necessário manter um equilíbrio para combater uma crise previdenciária recém instaurada. Destarte, o Estado deverá contratar profissionais para atuarem em palestras físicas e virtuais, contando, também, com o apoio das Escolas na difusão e ampliação do projeto “planejamento familiar” para que as informações possam circular por todo o país e vigorar algo que têm trazido resultados positivos. Outrossim, o Governo Federal deverá incentivar as migrações, além de financiar campanhas de incentivo a reprodução, por aqueles que já possuem estabilidade financeira, com o fito de evitar que o país sofra mais abalos econômicos.