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Enviada em: 09/08/2018

É de conhecimento geral que, sob ótica da Constituição Federal de 1988, é assegurado pelo Estado o direito a saúde e educação à sociedade. No entanto, nota-se que a legislação difere da realidade presenciada no Brasil, visto que a defasagem dos sistemas de saúde e educação agravam os desafios do planejamento familiar, por exemplo. Sendo assim, casos de aborto e gravidez indesejada persistem acometendo famílias de baixo índice socieconômico e medidas drásticas urgem na melhoria da problemática.    Em primeira análise, vale frisar que a educação pública falida está intrinsecamente relacionada a falta de conscientização, no planejamento familiar, de muitas mulheres brasileiras. Nesse viés, adolescentes, principalmente, abandonam a escola após uma gravidez indesejada, fato que perpetua-se constantemente conforme às gerações. Afinal, Talcott Parsons já afirmava que a família é uma maquina que produz personalidades, logo a reprodução da falta de planejamento fica evidente nessas famílias.      Além disso, deve-se pontuar que o Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de disponibilizar contraceptivos gratuitamente, exibe falência no acesso à ginecologistas dificultando um acompanhamento periódico das mulheres. Sendo assim, pacientes de baixa condição econômica que dependem desse sistema acabam sendo negligenciadas,  gerando a gravidez indesejada e até mesmo o aborto. Exemplo disso, são dados de 2006, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostrando que quase metade das mulheres grávidas da pesquisa afirmam que não houve planejamento.        Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre o Estado e Ministério da Educação, tendo em vista o subsídio de palestras elucidativas, ministradas por profissionais da saúde, nas instituições de ensino onde pais e alunos discutirão a importância do planejamento familiar, no intuito de minimizar a falta de conscientização. Ademais, é preciso que o SUS disponibilize um maior contingente de ginecologistas para que mulheres de baixa renda também tenham o acesso à consultas periódicas, logo situações de gravidez indesejada e aborto reduzirão à longo prazo.