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Enviada em: 13/08/2018

Negligenciar planejamento familiar: uma prática hipócrita e repressiva    No seriado Simpsons, a constituição familiar se assemelha com a vigente no Brasil: pai, mãe, cachorro e três filhos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), as mulheres tem, em média, três filhos na idade reprodutiva. Entretanto, ainda existem entraves para superar os desafios do planejamento familiar. Nesse contexto, é necessário maior complacência com a população baixa renda e oferecer livre acesso aos meio contraceptivos.  Em primeira análise, pontua-se que a gravidez na adolescência impede que muitas mulheres adiram o planejamento familiar. Tal fato se dá, pois são oferecidas palestras e aulas sobre os riscos de uma gravidez indesejada, entretanto não são ofertados os meios contraceptivos e consultas médicas em ginecologistas. Como dito pelo filósofo e educador Paulo Freire, " conhecimento sem prática, vira verbalismo", ou seja, educar sobre os perigos da reprodução e negligenciar os meio para tal, é uma prática de hipocrisia e verbalismo.   Além disso, a falta de perspectiva de vida agrava a problemática. Indubitavelmente, a inoportunidade de qualificação profissional e ascensão social faz, de maneira simbólica, uma pressão para se obter sucesso e realização pessoal de outra forma: na construção de uma família. Conforme os estudos de Pierre Bourdieu,  existem formas simbólicas de perpetuar a desigualdade social. Dessa forma, retirar a falta de perspectiva de vida da população baixa renda é, sem dúvida, uma maneira de repressão.     Portanto, medidas são necessárias para atenuar o impasse. As escolas devem ministrar palestras e atividades lúdicas que incentivem os estudos, alertem sobre os malefícios da gravidez indesejada e, em conjunto com o Sistema Único de Saúde(SUS), distribua camisinhas e ofereça consultas ginecológicas pós-palestras. Por conseguinte, mais pessoas poderão optar pelo planejamento familiar, como a família Simpsons.