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Enviada em: 21/10/2018

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman,na sociedade contemporânea,emerge o individualismo,a fluidez e a efemeridade das relações.No Brasil,mesmo com a formação de um corpo social com valores capitalistas,nas quais inclui o enfraquecimento da instituição familiar,a população enfrenta desafios para planejar a família,o que é alarmante,haja vista que pode aumentar a vulnerabilidade social.Isso se deve,sobretudo,a carência de conhecimentos sobre métodos contraceptivos e a falta de consciência em relação à importância da programação familiar.         Nesse contexto,é importante pontuar que,apesar do direito de planejamento familiar se garantido por lei,a população desconhece esse benefício e,ainda,não tem conhecimentos acerca dos métodos contraceptivos.Dessa forma,nota-se que a maioria dos indivíduos que não tem informações sobre anticoncepcionais estão à margem da sociedade,o que é preocupante,tendo em vista que sem esse entendimento,as pessoas não poderão se planejar,aumentando os custos para manter a família e,consequentemente,a marginalização social.Além disso,notícias recentes sobre a falha na eficácia de alguns métodos e a possível relação desses com o desenvolvimento de doenças,como trombose,intensifica a desconfiança das pessoas que não tem tanta compreensão sobre o assunto.          Com efeito,é necessário salientar que outro desafio para o planejamento familiar é a falta de consciência sobre a importância desse.Tendo em vista isso,de acordo com Zygmunt Bauman,a sociedade vive em tempos de modernidade líquida,na qual caracteriza-se pela incapacidade de manter a forma,tudo é temporário.Isso se deve a maior autonomia em que os jovens tem,buscando relações efêmeras sem se preocupar com o futuro.Esse fato é alarmante,haja vista que por buscar uma vida mais livre,os indivíduos fazem atos de forma inconsequente e depois têm que lidar com os efeitos da falta de planejamento familiar,que é a desistência dos estudos para trabalhar e,dessa forma,contribuindo para o aumento da vulnerabilidade social.               Destarte,urge uma conduta do Ministério da Educação colocando educação sexual na grade curricular do ensino médio e veiculando informações sobre contraceptivos nas mídias sociais-como TV e internet-com o fito de dar entendimento a população de como se planejar,garantindo,assim,o cumprimento de um direito.Outrossim,cabe as instituições de educação,nas salas de aula,intensificando os estudos biológicos,sociólogos e filosóficos,ensinando aos alunos a dar mais importância a se programar para ter uma família,objetivando garantir uma consciência acerca do assunto. Logo,com essas medidas,pretende-se atenuar os desafios do planejamento familiar.