Materiais:
Enviada em: 14/10/2018

A ineficácia do planejamento familiar oferecido pelo Sistema Público de Saúde estimula uma reação em cadeia: gravidez indesejada, abandono, violência. Para analisar as falhas do Estado devido a falta de investimento nos métodos contraceptivos de longa duração, devemos compreender quais são as causas e consequências da teoria mal empregada.       Primeiramente, é necessário destacar que a política de assegurar os planos familiares não demonstra, na prática, o que foi decretado no direito de 2007. Ou seja, homens e mulheres não têm acesso a todos os métodos contraceptivos, apenas são ofertados prontamente os métodos mais simples, como camisinha e pílula anticoncepcional. Por exemplo, a mulher e mãe de 23 anos, Maria Carolina, teve que pedir auxílio para uma ONG após solicitar a colocação do DIU de cobre pelo Sistema Público de Saúde e ter a longa e incerta espera pela confirmação do procedimento. Essa situação explica o porquê de apenas 2% da população feminina brasileira usar o DIU de cobre.       Consequentemente, há a ineficácia dos métodos dependentes da "memória" do paciente. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, a taxa de gravidez indesejada subiu para 55% entre os anos 2011 e 2012. Como resultado, aumentou o número de crianças abandonadas, totalizando na maior causa de violência contra crianças até 9 anos. Além disso, também aumentou o número de abortos clandestinos para 500 mil, situação que engloba transtornos corporais e psicológicos da mulher.       Portanto, torna-se evidente que, por mais que a população tenha o direito, o planejamento familiar é ineficaz. Diante disso, o Ministério da Saúde deve disponibilizar prontamente métodos de longa duração como o DIU de cobre, para mulheres, e a vasectomia, para homens com mais de 2 filhos e maiores de 25 anos. Assim, com o investimento nos procedimentos anticoncepcionais de eficácia superior, os pacientes terão maiores chances de obter os resultados esperados.