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Enviada em: 08/04/2019

A pirâmide etária brasileira sofreu modificações ao longo das últimas décadas. Isso se deve, essencialmente, pela diminuição da taxa de natalidade no país. Apesar disso, o planejamento familiar no Brasil ainda apresenta muitas falhas possíveis de correção. Essas acontecem devido ao ensino defasado, mas também ao elevado índice de casamento infantil presente na nação.           Em primeiro lugar, segundo o educador Paulo Freire, a educação proporciona meios para mudar os indivíduos, e esses, assim, são aptos para transformar a sociedade. Contudo, ao analisar a realidade do ensino brasileiro nota-se a dificuldade da concretização desses ideais. Dado que, um sistema defasado, o qual preconiza resultados no ambiente técnico do estudante, negligencia, dessa forma, a construção de um sujeito crítico de suas ações. Isso se exemplifica, pela ausência de aulas destinadas ao planejamento familiar e a precariedade do ensino direcionado à educação sexual. Em vista disso, observa-se um quadro que influencia neste contexto, quase metade das gravidezes no país não são planejadas, segundo o Ministério da Saúde.          Ademais, outro entrave apresenta-se nos elevados índices de casamento infantil no Brasil, o qual segundo a ONG PROMUNDO, o país é a quarta nação que mais realiza esse tipo de casamento. Dessarte, são, na maioria das vezes, meninas que são inseridas muito cedo em uma relação matrimonial, sem o conhecimento profundo da necessidade do planejamento familiar. Realidade essa, que pode ser comprovada pelos dados da Organização Mundial da Saúde, o qual demonstra que 68,4% dos bebês nascidos na nação, são de mães com idade de 15 a 19 anos. Consoante a isso, dificilmento o país gozará de familias que organizam as suas escolhas, com uma lei branda a qual oferece brechas para  crianças se casarem.           Portanto, cabe ao Ministério da Educação reformular a carga horária das instituições básicas de ensino, referente a inclusão de  aulas que debatem a importância de construir o planejamento familiar na vida futura desses estudantes, somado com rodas de conversas, as quais convidem profissonais na área da saúde para argumentar sobre a educação sexual. Com objetivo de que, desse jeito, a escola seja esse local de conscientização do indivíduo.  Outrossim, é impreenscidivel que o Congresso regulamente leis mais severas, no tocante, a proibição, em qualquer situação, do casamamento infantil, para que proteja, principalmente, o sexo feminino de terem responsabilidades precoces, como a de ser mãe.