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Enviada em: 23/04/2019

Segundo a teoria Neomalthusiana, o elevado números de filhos por família interfere negativamente na economia do país, e mediante a isso, faz necessário medidas governamentais que auxiliem a população no controle da natalidade. Contudo, ao analisar que metade das gravidezes no Brasil não são programadas, de acordo com o Ministerio da Saúde,  observa-se as falhas do Estado. Mas também, quando se detecta o crescente número de adolescentes que se tornam mães no país, nota-se a negligência das instituições escolares. Assim, percebe-se os desafios do planejamento familiar na nação.          Em primeiro lugar, apesar do planejamento familiar ser considerado um direito constituicional, no qual compete ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício dessa conquista social, percebe-se uma realidade que ilegitima esse regulamento. Isso se observa, como por exemplo, pela debilidade de campanhas nacionais direcionadas a esse assunto, o que resulta, dessa forma, no elevado índice de gravidez indesejada no Brasil. Em vista disso, verifica-se um quadro que reverbera o enigma da modernidade elucidado pelo filósofo Henrique de Lima, o qual afirma que a civilização é tão avançada em suas razões teóricas, mas tão indigente em suas razões éticas.          Além disso, conforme o educador Paulo Freire, a educação transforma o indivíduo e esse, assim, se torna apto para mudar a sociedade. Entretanto, ao analisar que 68% dos bebês nascidos no país são de mulheres entre a faixa etária 15 a 19 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde, com-preende-se, desse jeito, uma instituição escolar a qual não executa cabalmente a sua função. Dado que, a precariedade ou até a ausência de aulas destinadas ao planejamento familiar influencia nesse contexto. Consoante a isso, dificilmente o país gozará de uma sociedade que programa as suas escolhas e dessarte, consiga interferir  na taxa de gravidez na adolescência, com o silenciamento desse formador de opinião.          Logo, é imprescindível que ONGs - Organizações não Governamentais- venham desenvolver passeatas e manifestações com objetivo de pressionar o Estado para que esse promova campanhas nacionais veiculadas nas mídias, no que tange o incentivo a educação da população para o planejamento familiar. Assim, fomente um governo o qual respeita as leis vigentes do país e, consequentemente, diminua o índice de gravidez não programada. Ademais, cabe ao Ministério da Educação reformular o currículo escolar da instituições de ensino, a fim de que inclua aulas que debatem a importância de construir o planejamento familiar na vida desses alunos, com o intuito de coibir a gravidez na adolesência. Dessa forma, o país enfretará os desafios do planejamento familar.