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Enviada em: 27/09/2017

A Política Nacional de Planejamento Familiar, criada em 2007, visa garantir direitos presentes na Constituição Federal e na Lei n° 9.263, de 1996, através da oferta de 8 métodos contraceptivos gratuitos, além de desconto na venda de anticoncepcionais na Farmácia Popular. Porém, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Criança e da Mulher, 46% das gravidezes não são planejadas, mostrando que apenas esse projeto não é suficiente para reduzir a falta de planejamento.        Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que falta orientação aos indivíduos. O ensino de educação sexual no Brasil não é obrigatório e  e, de acordo com a Federação Internacional de Planejamento Familiar, comparado com outros países da América Latina, o país é tem um dos piores índices. Isso mostra o conservadorismo presente no governo brasileiro, que ainda não é favorável a esse estudo nas escolas.       Ademais, a falta de abordagem sobre o assunto nas famílias também é uma das barreiras para o conhecimento do planejamento familiar e da educação sexual. Prova disso é uma pesquisa qualitativa feita em uma escola privada em Toledo, no Paraná, que mostra que a dificuldade dos pais no diálogo entre pais e filhos. Tal pequisa evidencia que falta não apenas a orientação aos jovens, mas aos próprios pais para que saibam como conversar com seus filhos sobre a temática.        Portanto, apesar de projetos, como a Política Nacional de Planejamento Familiar, estarem em vigor e haver certa abordagem nas escolas, tais iniciativas  não são suficientes na educação e diminuição da falta de planejamento familiar. Por isso, a obrigatoriedade do ensino da educação sexual nas escolas através da criação de uma disciplina específica pode ser eficaz na informação e orientação dos indivíduos sobre o planejamento familiar. Além disso, palestras em postos de saúde e escolas destinadas aos pais podem contribuir para melhoria da abordagem dentro de casa. Assim, a educação, aliada aos projetos de distribuição de métodos contraceptivos, pode amenizar os problemas da falta de planejamento familiar.