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Enviada em: 28/09/2017

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, a taxa de fecundidade no Brasil foi de 1,7 filhos por mulher em idade fértil. Ainda que seja um número, relativamente, baixo e próximo ao dos países desenvolvidos, a realidade das camadas mais pobres não é essa, uma vez que é comum mulheres de baixo poder aquisitivo ter muitos filhos. Em 2008, o Brasil investiu bastante em programas de planejamento familiar, todavia, nem todos os cidadãos conseguiram se adequar a esse controle. Portanto, medidas a fim de promover esse planejamento para todas as classes são cabíveis.       Primeiramente, é preciso citar alguns dos desafios enfrentados na introdução do planejamento familiar no Brasil. Um deles é o fato de a população, muitas vezes, ser desinstruída e desinformada. Assim, não sabem as opções e como se prevenir. Além disso, há pessoas que têm aversão a métodos contraceptivos por irem contra algumas religiões e preceitos. Ademais, as campanhas não alcançam a todos e, atualmente, não são tão intensas quanto na última década. Por conseguinte, muitos indivíduos nem ficam sabendo que o governo disponibiliza anticoncepcionais e preservativos gratuitamente. E assuntos relacionados a sexo, lamentavelmente, ainda é um tabu em muitas famílias. Desse modo, há altos índices de gravidez indesejada na adolescência por falta de orientação familiar ao jovem.       Em segundo lugar, é relevante destacar algumas das consequências da falta de planejamento familiar. Uma delas é o fato de isso potencialmente crescer os números de abortos no país, uma vez que segundo o IBGE, em 2014, apenas 46% do total de gestações foram planejadas. Além disso, famílias com baixo poder aquisitivo, geralmente, não conseguem dar uma uma estrutura adequada para seus filhos. À vista disso, essas crianças não terão acesso a uma educação de qualidade e, muitas delas, precisarão trabalhar e abandonar a escola. Esse fato faz crescer a desigualdade e segregação social,a má distribuição de renda ,a criminalidade e reduz a possibilidade de haver mobilidade social.        Em suma, depreende-se que é preciso introduzir a reforçar o planejamento familiar no Brasil. Para isso, é importante que o governo volte a realizar campanhas e programas para o controle da natalidade com a ajuda de profissionais da saúde, principalmente nas camadas mais pobre da sociedade a fim de que essas se informem e planejem suas famílias de acordo com suas condições. Além disso, devem  disponibilizar operações de vasectomia e laqueadura com menos burocracia para quem optar por esses métodos. Ademais, as escolas devem realizar palestras a respeito do planejamento familiar com objetivo de instruir os mais jovens e que esses saibam se proteger adequadamente. Cabe à mídia colaborar com as campanhas e incentivar as famílias a conversarem mais abertamente com seus filhos sobre sexualidade a fim de que esse tabu social seja quebrado e aja em prol da população.