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Enviada em: 30/09/2017

O planejamento familiar ainda não parece muito planejado no Brasil. Caracterizado como um conjunto de medidas que visam possibilitar a escolha pela não-gestação, sua implantação no território nacional está distante do ideal. Entretanto, apesar de engatinhando, já se mostra como um importante aliado na resolução de graves problemas sócio-econômicos brasileiros.     Garantido pela Constituição da República, o planejamento familiar passou a se exteriorizar, a partir de 2007, pela Política Nacional de Planejamento Familiar. Essa, por sua vez, age na venda de anticoncepcionais com menores preços e na distribuição gratuita de 8 métodos contraceptivos -no caso de anticoncepcionais femininos, é necessária consulta médica. Porém, a falta de divulgação desses programas  pelos últimos governos  fez com que grandes parcelas da sociedade -principalmente as mais pobres, por não possuírem pleno acesso a informação - não os conheçam, dificultando sua efetividade.        Prova disso é que, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, apesar das medidas adotadas, mais de 40% das gravidezes ainda são acidentais, muitas delas oriundas de pessoas com poucas condições econômicas. Consequentemente, sem os recursos financeiros necessários para uma criação adequada e com a conhecida defasagem no assistencialismo público nas áreas da educação e da saúde, grande parte das -futuras- crianças e adolescentes do país se encontram condenadas desde antes do nascimento ou à marginalização econômica e social ou à morte em decorrência dos abortos clandestinos.       Diante do exposto, faz-se necessário a atuação estatal, personificada pelo Ministério da Saúde, na divulgação, por meio das redes sociais, do que é o planejamento familiar e das ações estatais sobre o tema. Assim, o crescente acesso da população-alvo aos meios de comunicação virtual garantirá uma maior e mais rápida abrangência e o conhecimento adequado dessas medidas evitará muitos dos casos de gravidez não planejada e, consequentemente,  de aborto.