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Enviada em: 02/10/2017

A partir da década de 1970, o planejamento familiar passa a ser incentivado no Brasil. Nessa perspectiva, o país inicia uma série de medidas para controlar o índice de natalidade. No entanto, na atualidade, a regulação da quantidade de filhos é privilégio da classe média e alta, pois a população pobre carece de uma organização familiar adequada. Diante disso, a falta de acesso a informação e o descumprimento da lei pelas autoridades são causas dessa problemática. Dessa forma, é necessária uma discussão sobre a temática, a qual objetive igualdade entre as classes sociais.             Em primeiro lugar,a comunidade de baixa renda não tem alcance à informação sobre preparação familiar. Como consequência, pais que não tem como manter seus filhos, obrigam-nos a irem para as ruas pedirem esmolas, contribuindo assim para o aumento da desigualdade, pobreza.  Segundo o médico oncologista Drauzio Varella, 73% das crianças que nascem no Brasil são de estratos mais pobres.              Além disso, a inércia das autoridades no cumprimento da lei de planejamento familiar contribui para o aumento de filhos na classe baixa. Pois, municípios, estados e até mesmo o governo federal precisam investir em políticas de fiscalização mais rígidas. Ademais, segundo o artigo primeiro dessa lei, é direito de todo cidadão o planejamento familiar. Nesse sentido, de acordo com Aristóteles, é necessário tratar os iguais na medida em que se igualam e os desiguais na medida que se desigualam.             Percebe-se, portanto, que as classes menos favorecidas são alvos da inexistência de planejamento familiar . Logo, o governo federal, aliado com o terceiro setor, deve promover seminários e simpósios educacionais que visem à importância do uso de preservativos no combate as doenças sexualmente transmissíveis e no controle da natalidade. Outrossim, a mídia, por meio do seu conteúdo publicitário, deve divulgar esses eventos na TV, internet, rádio, como também na entrega de panfletos informativos. Por fim, ONG's, devem levar esses projetos à comunidades menos favorecidas e que não têm acesso a esses meios de comunicação. Pois, só assim, através destas medidas de equidade, construir-se-á uma sociedade mais igualitária.