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Enviada em: 03/10/2017

Desde a segunda metade do século XX, a mulher brasileira inseriu-se cada vez mais no mercado de trabalho e modificou as relações anteriormente concebidas de quando constituir uma família. Entretanto, é vivenciada, ainda, algumas dificuldades para o tão importante planejamento familiar. Assim, é ainda desafiador o diálogo com o forte senso religioso nacional e a conscientização dos jovens a respeito do assunto.       Mormente, é imprescindível apontar o caráter cristão adotado historicamente pelos cidadãos brasileiros. Nesse contexto, apesar de interessarem numa estrutura familiar, os indivíduos são coibidos por seus dogmas religiosos, como exemplo, a proibição de anticoncepcionais por algumas doutrinas. Dessa forma, segundo o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda ‘’Em nenhuma parte do mundo se formou famílias tão enraizadas religiosamente como no Brasil’’. Logo, além da não permissão do controle - e consequentemente do planejamento -  durante a vida, essa tradição é repassada para os descendentes e torna-se quase inerente à sociedade brasileira.        Além disso, os jovens carecem de instruções e responsabilidade com seu futuro. Isto é, apesar de o Governo disponibilizar, desde 2007, métodos contraceptivos e de prevenção gratuitos para todo território, a juventude brasileira ainda constitui famílias de forma precoce. Nesse sentido, segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), 78% das gravidezes não planejadas são realizadas por adolescentes. Sendo assim, é fato que eles carecem de conscientização a respeito de suas decisões.        Infere-se, portanto, mudanças necessárias para combater os desafios da criação de uma família estruturada. Desse modo, é imperiosa a atuação das instituições formadoras de líderes religiosos (Escolas e faculdades de teologia), implantando a separação entre a ética cristã e a necessidade de estruturar uma família, para que haja uma maior liberdade de escolha. Ademais, é essencial a conscientização dos jovens, promovida pelas escolas em conjunto com as famílias, por meio de palestras e seminários, com o objetivo de que exista uma maior precaução. Logo, o planejamento familiar deixará de ser idealizado e se tornará uma realidade.