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Enviada em: 04/10/2017

A Política Nacional de Planejamento Familiar, criada em 2007, visa a garantir direitos presentes na Constituição Federal e na Lei n˚ 9.263, de 1996, através da oferta de 8 métodos contraceptivos gratuitos, além de desconto na venda de anticoncepcionais na Farmácia Popular. Porém, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Criança e da Mulher, 46% das gravidezes não são planejadas, mostrando que apenas esse projeto não é suficiente para reduzir a falta de planejamento.       Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que falta orientação aos indivíduos. O ensino de educação sexual no Brasil não é obrigatório e, de acordo com a Federação Internacional de Planejamento Familiar, comparado com outros países na América Latina, o país tem um dos piores índices. Isso mostra o conservadorismo presente no governo brasileiro, que ainda não é favorável a esse estudo nas escolas.       Ademais, a falta de abordagem sobre o assunto nas famílias também é uma das barreiras para o conhecimento do planejamento familiar e da educação sexual. Prova disso, é uma pesquisa qualitativa feita em uma escola privada em Toledo, no Paraná, que mostra a dificuldade dos pais no diálogo entre pais e filhos. Tal pesquisa evidencia que falta não apenas a orientação dos jovens, mas aos próprios pais, para que saibam conversar com seus filhos sobre a temática, evitando o hedonismo psicológico e inconsequente desses que estão iniciando ou já possuem vida sexual ativa. Portanto, apesar de projetos, como a Política Nacional de Planejamento Familiar, estarem em vigor e haver certa abordagem nas escolas, tais iniciativas não são suficientes na educação e aumento do planejamento familiar.      Por isso, a obrigatoriedade do ensino da educação sexual nas escolas, garantida por lei pelo governo brasileiro, por meio da criação de uma disciplina específica, pode ser eficaz na informação e orientação dos indivíduos. Além disso, palestras em postos de saúde e escolas destinadas aos pais, elencadas pelos professores e profissionais da área de contracepção, podem contribuir para a melhoria da abordagem dentro das casas. Assim, a educação, aliada aos projetos de distribuição de métodos contraceptivos, pode tornar os jovens ainda mais cientes do que é necessário para se proteger não só de doenças sexualmente transmissíveis, mas de uma gravidez indesejada.