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Enviada em: 05/10/2017

Planejamento familiar é o conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a programar a vinda dos filhos e também a evitá-la. É dever do Estado oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que asseguram o livre exercício desse planejamento. Entretanto, no Brasil isso não é feito de forma ampla pelo país.   Em primeiro lugar é importante destacar que as taxas médias de natalidade brasileira têm caído nos últimos 50 anos, contudo, essa não é a realidade da população de baixa renda do país. As principais causas disso são a falta de informação dessas pessoas e a dificuldade do acesso a métodos contraceptivos, pois não há muitos postos de saúde nas mediações das periferias das cidades. Um estudo do economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, mostra que a taxa de fecundidade entre adolescentes nas maiores favelas do Rio de Janeiro é cinco vezes maior do que entre as que moram nos bairros de renda mais alta da cidade.    Como resultado dessas gravidezes indesejadas por casais que não têm condições financeiras para criá-las, surgem diversos problemas. Essas crianças crescem em ambientes pobres, muitas vezes não frequentam a escola e se tornam adultos sem perspectiva de futuro e que muitas vezes caem no mundo do crime, ocasionando um aumento da violência no país. Além disso, os pais adolescentes muitas vezes largam a escola para cuidar dos filhos, aumentando o número de pessoas com baixa escolaridade.    Diante desse cenário, é preciso que o Governo Federal crie projetos de implementação de postos de saúde próximos das periferias do país, por meio de um maior investimento nessa área e da contratação de profissionais qualificados para orientar a população sobre métodos contraceptivos e disponibilizá-los de graça, com a finalidade de diminuir o número de gravidezes indesejadas. As escolas devem promover aulas de educação sexual e distribuir preservativos para os alunos, a fim de evitar a gravidez na adolescência.