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Enviada em: 06/10/2017

O desenvolvimento das pílulas anticoncepcionais e a entrada da mulher no mercado de trabalho, em meados do século XX, contribuíram para que o planejamento familiar se tornasse mais acessível às civilizações. Entretanto, percebe-se que, ainda hoje, muita famílias não possuem acesso às técnicas contraceptivas, bem como às informações referentes à segurança e à confiabilidade dessas ferramentas. Nesse sentido, convém analisar as principais causas e consequências dessa problemática no contexto social brasileiro.       Em uma primeira abordagem, deve-se pontuar as motivações que contribuem para a desarticulação do planejamento familiar no Brasil. Dentre elas, o medo de efeitos colaterais oriundos do mal uso dos meios contraceptivos, como a possível esterilidade desencadeada pela ingestão sem acompanhamento profissional de pílulas anticoncepcionais, ou o câncer de útero que pode ser provocado pela aplicação irregular do DIU. Nesse sentido, tal aspecto dificulta o crescimento equilibrado e sustentável das famílias brasileiras.      Em uma abordagem mais aprofundada, é preciso destacar as razões relacionadas à falta de acessibilidade aos métodos contraceptivos. Segundo dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a densidade de filhos por casal em regiões rurais ou com elevados índices de pobreza no país é notavelmente superior a dos centros urbanos. Dessa forma, percebe-se que a ausência de estruturas de fornecimento de materiais contraceptivos, como postos de saúde e farmácias próximas a essas localidades interfere diretamente no planejamento familiar, o que marginaliza o tecido social dessas regiões, abrindo espaço para o surgimento de problemas de dimensões sociais e econômicas.      Fica claro, portanto, que o planejamento familiar no Brasil é restrito à algumas camadas do tecido social, devido à inacessibilidade física e informacional. Nesse viés, o Ministério da Saúde deve proporcionar um maior investimento nas áreas mais carentes do país, provendo a abertura de novos postos de saúde, com o objetivo de ampliar a área de atuação desse órgão. Desse modo, os núcleos familiares poderão ter acesso a esses métodos contraceptivos, e assim, ter um melhor controle sobre o sua família.