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Enviada em: 11/10/2017

Segundo dados do IBGE a taxa média de natalidade no Brasil vem diminuindo, porém o que os dados mostram é que a taxa de natalidade da população pobre continua a mesma de 1950, entre 4 a 7 filhos por mulher. Ademais o planejamento no Brasil torna-se eficaz, sendo assim, é necessário entender as suas causas para solucionar o problema.    Em primeiro plano, é indispensável analisar a política nacional de planejamento familiar, que é lei desde 2007. A lei oferece pelo menos oito métodos contraceptivos não cirúrgicos e gratuito, além da vasectomia e laqueadura. Entretanto, a política do governo é ineficaz, por não atingir o epicentro do problema, as mulheres pobres. A principal causa do problema, é que as classes mais altas da sociedade podem pagar pela contracepção, já as classes mais baixas ficam a mercê da falta de investimento e má distribuição das verbas públicas, como por exemplo esperando mais de um ano por uma consulta ambulatorial com o ginecologista para ter acesso ao anticoncepcional. Logo, os indivíduos marginalizados não tem chances de planejar a sua família.    Outrossim vale ressaltar que a questão é corroborada pela falta de educação sexual. De acordo com a tábula rasa de John Locke nascemos como uma folha em branco e por meio das experiências, vamos construindo conhecimento. Aplicando o pensamento do filósofo na atual situação é possível entender que uma família não estruturada e sem muitos conhecimentos sobre o assunto acabam transmitindo o seu legado para os filhos e indo contra o defunto autor de Machado de Assis que não teve filhos, para não transmitir o legado da sua miséria. Destarte, convém ao governo educar antes de prevenir.    Fica evidente, portanto, que o planejamento familiar no Brasil precisa ser eficaz. Como forma de garantir isso cabe ao governo federal disponibilizar mais verbas e ao Ministério da Saúde junto com as suas secretárias fiscalizar a aplicabilidade do dinheiro na contratação de mais profissionais de saúde, por exemplo. Ademais, cabe ao Ministério da Educação com prefeituras, para um amplo alcance, o estabelecimento de aulas sobre o assunto, a fim de contribuir para o desenvolvimento pessoal e critico. Dessa forma, a lei poderá ser cumprida e efetivada.