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Enviada em: 22/10/2017

A criação de um filho, demanda recursos financeiros, carinho, atenção, etc; um bebê que nasça em um cenário onde esse não era esperado, pode acarretar uma série de transtornos imediatos e a longo prazo. Nesse sentido, o planejamento familiar deve superar os obstáculos encontrados no Brasil, levando em consideração tanto aspectos culturais, quanto socioeconômicos.       De início, cabe ressaltar que certos dogmas religiosos ainda vigoram no país. Visto que, durante o período da colonização portuguesa o catolicismo foi fortemente imposto aos nativos e pregado como único caminho para a salvação. Tal fato ainda reflete na contemporaneidade, sendo a origem da dificuldade que os familiares e os professores encontram em expor opiniões e educar os jovens a respeito de relações sexuais, métodos contraceptivos e riscos. Assim, sem as informações e o conhecimento preciso acerca do tabu, cresce exponencialmente a chance de uma gravidez indesejada.       Além disso, esse descontrole acarreta em consequências estruturais a toda a nação. Pois, com o aumento da expectativa de vida juntamente com uma alta taxa de natalidade, poderá gerar um colapso, onde não haja recursos naturais, saúde e educação de qualidade que suporte todo esse crescimento demográfico. Dessa forma, haverá uma enorme marginalização devido a falta de empregos e de condições básicas para a sobrevivência de todos.       Convém, portanto, no intuito de transpor os desafios propostos por essa problemática no Brasil, que o Ministério da Educação insira na grade curricular do ensino médio a disciplina de educação sexual, para que a discussão sobre o tema seja frequente e também compreendida e passada espontaneamente as próximas gerações. Por sua vez o Poder Legislativo, seria extremamente eficaz criando uma lei que permita o aborto até o terceiro mês de gravidez, dando maior autonomia aos casais, evitando também que uma criança venha ao mundo sem a devida estrutura.