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Enviada em: 26/02/2018

Desde o início da história do Brasil, a estrutura patriarcal das famílias colocou a mulher como a responsável por cuidar da casa e dos filhos. Assim, com essa função já assimilada desde suas infâncias, as meninas cresciam com o objetivo delimitado de casar e procriar. No entanto, desde então, o papel da mulher na sociedade sofreu diversas transformações e além disso, o modo de vida atual impõe que seja feito um planejamento  familiar cuidadoso se a qualidade de vida dos filhos for uma prioridade.   A redução do número de filhos por família já é notável nas pirâmides sociais divulgadas pelos sensos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todavia, indo de encontro a isso, tem ocorrido também o aumento de famílias que surgem sem uma base estruturada, com pais  adolescentes e que ainda não detém os recursos psicológicos e financeiros necessários para assumir tamanha responsabilidade.  O aumento de tais ocorrências, mesmo com todas as campanhas de métodos contraceptivos e ao vasto acesso à informação que existe nos dias de hoje, pode ser entendido como a perpetuação de um padrão. Uma vez que, geralmente, a falta de uma programação adequada foi o modelo apresentado à esses futuros pais e mães, que possivelmente, só veem nas suas vidas a finalidade de formar uma família, mesmo que não possam prover aos descendentes os cuidados primordiais, contribuindo assim para o agravo de diferentes problemas sociais.  Portanto, percebe-se que o planejamento familiar não afeta somente a nova família que está sendo criada, mas toda a população que a circunda.  E por envolver a mudança de uma mentalidade mantida através de gerações, a tarefa se torna mais árdua. Dessa forma, é imprescindível que o Estado participe ativamente, realizando pesquisas que especifiquem as áreas de maior ocorrência de gravidez em adolescentes e financiando campanhas publicitárias nessas regiões que promovam a mulher como capaz de desempenhar diversos papéis em suas vidas, além,e antes, da maternidade.