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Enviada em: 02/05/2018

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca da democratização do acesso à cultura no Brasil. Durante o Governo de José Sarney, em 1985, houve a criação do Ministério da Cultura com o propósito de conceder a liberdade de expressão e possibilitar a difusão cultural. Contudo, atualmente, 33 anos após sua criação, observa-se uma levada desigualdade sociocultural. Dessa forma, basta analisar a falta de integração social e a elitização da cultura. Logo, compreender os aspectos que levam a esse cenário é fundamental para alcançar melhorias.  Em primeiro lugar, vale ressaltar que a cultura baseia-se nos costumes, aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Ademais, o Brasil é um país marcado pela diversidade cultural e pela miscigenação, evidenciando a existência de diversas manifestações sociais. No entanto, o preconceito atua vigorosamente nesse contexto. O funk, por exemplo, é apontado como música sem qualidade e sem cultura por estar relacionado à população das favelas e periferias, apesar de fazer parte da matriz cultural brasileira. Para ilustrar, é útil o projeto de lei que foi analisado e recusado pelo Senado no ano de 2017, no qual aspirava-se a criminalização do ritmo musical conhecido como funk. Assim, faz-se necessária a valorização de todas as manifestações sociais a fim de possibilitar a representação nacional  Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que, Segundo o Artigo 25 da Constituição Federal de 1988, compete ao Estado garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional. Todavia, isso não condiz com a realidade brasileira, visto que as atividades culturais são restritas aos grupos com maiores poderes aquisitivos. Isso ocorre, devido a diversos aspectos, como acessibilidade e custos de ingresso. Com isso, inúmeros brasileiros sequer vão ao cinema, peças teatrais ou museus. Para corroborar, é útil a pesquisa realizada pelo Ministério da Cultura em 2013, a qual demonstrou que 75% dos brasileiros ou não frequentam ou nunca foram a um museu. Dessa maneira, o que deveria unir a população é mais um fator segregador.