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Enviada em: 20/05/2018

Governo Sarney, 1985, nasce o Ministério da Cultura no Brasil - logo após os anos de chumbo da ditadura militar - com a finalidade de promover, gerenciar e, portanto, valorizar o patrimônio material e imaterial do país. Desde então, tornou-se mais fácil aproximar a população de seus costumes. No entanto, mais de 30 anos depois, cabe pensar a quem se destina tal acesso. A repartição assimétrica do patrimônio somado a carência de um público impede a democratização do acesso à cultura no Brasil.       O Brasil é admirado, mundialmente, por sua diversidade cultural e produção artística. No entanto, o que é produzido em solo nacional é inacessível para uma grande parcela da população. Segundo dados do IBGE, as regiões metropolitanas concentram 41% de todo consumo cultural. Nesse sentido, um dos maiores impasses enfrentados pelos brasileiros no acesso à cultura é a distribuição desigual do patrimônio artístico que impede que o direito ao acesso às fontes culturais, expresso na Constituição Federal, seja devidamente respeitado.       Outro fator preponderante nesta temática diz respeito a carência de público. Pesquisa realizada pelo Ministério da Cultura demonstrou que 75% dos brasileiros não frequentam ou nunca foram a um museu. Entre os diversos motivos, destaca-se que muitos dos entrevistados afirmam não se sentir pertencentes à expressão cultural oferecida por eles. Deste modo, as ações governamentais devem não somente ampliar a oferta de eventos e espaços voltados para atividades culturais, mas também aumentar os estímulos para que os cidadãos os frequentem.        Nesse ínterim, fica evidente, portanto, a necessidade de criar mecanismos para ampliação, criação e democratização da cultura pela população. Convém, portanto, que, o Estado, por meio do Ministério da Cultura, crie um plano nacional que garanta, por meio de subsídios, a criação e exposição de fontes culturais em todas as regiões do país. Soma-se a isso, a necessidade de, por meio da mídia, das instituições de ensino e da iniciativa privada, estimular o consumo de cultura, seja pela educação e informação, seja por meio de benefício empresarial. Sob tal perspectiva, poder-se-á criar um Brasil que democratize a cultura.