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Enviada em: 13/08/2018

Desde a antiguidade, os hominídeos já faziam pinturas rupestres, os gregos esculturas e os italianos belíssimos quadros como a Mona Lisa. Porém, esse tipo de cultura artística era acessada por poucos, pois ela era tida como algo que diferenciava as pessoas, por meio do status social. Hoje, não é muito diferente, tendo em vista que muitos cidadãos ainda não conseguem acessá-la, o que gera um problema relacionado a democratização do acesso à cultura no país. O qual possui um viés econômico e outro educacional.       O maior entrave em relação ao acesso cultural está ligado à desigualdade econômica existente no Brasil. A dificuldade geográfica, que envolve tanto a distância quanto o transporte necessário, os custos elevados para se adentrar aos locais, tidos como produtores de cultura, e a baixa renda do indivíduo contribuem para o cenário excludente no tocante a essa área no país. No entanto, a Constituição de 1998 garante ao cidadão acesso aos bens culturais produzidos na nação, algo que não é cumprido pelo governo na integra, o que gera uma maior disparidade social.       O problema, porém, não se resume a isso, porque não basta o Estado facilitar o acesso aos bens culturais sem que ele gere indivíduos que consigam absorve-la. A educação cultural é, desse modo, outro aspecto importante, pois como afirmou Karl Marx, “o homem é produto do meio”, seja ele cultural ou não. Contudo, para que a pessoa desfrute de maneira plena desse meio que será oferecido pelo governo, ela precisa ser formada de modo a compreender, interagir e modificar sua perspectiva de mundo.      Torna-se evidente, portanto, a problemática relacionada ao acesso cultural do cidadão no Brasil. Primeiramente, o Ministério da Cultura deve criar políticas públicas de inclusão cultural, seja, por meio do auxílio a projetos artístico-culturais – a fim de diminuir o preço das entradas –, do vale cultura já implementado ou seja por meio de uma melhor distribuição geográfica dos eventos – diminuindo, assim, o custo com transporte. Ademais, o Ministério da Educação precisa trabalhar a noção cultural das crianças desde a infância, por meio das aulas de artes e de filosofia estética nas escolas. Com a finalidade de desenvolver o lado crítico e apreciador delas, para que elas possam absorver o máximo possível do que lhe é proposto.