Enviada em: 12/07/2018

O dia Nacional da Cultura é 5 de Novembro, um momento que deveria despertar alegria na sociedade brasileira. Entretanto, a data não tem o reconhecimento merecido, muitas vezes pela falta de acesso da maioria da população a eventos culturais. Assim, a cultura torna-se desvalorizada, ainda que seja um aspecto essencial à formação identitária brasileira.      De início, o Brasil é reconhecido e admirado pela sua diversidade cultural e produção artística. Contudo, a acessibilidade a produção nacional é concentrada nas regiões metropolitanas e contam com cerca de metade de todo consumo cultural, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Assim, embora a arte seja constantemente produzida, existe um descompasso entre a oferta e o acesso a eles.           Ademais, o conteúdo das expressões culturais é segregador, uma vez que 3 a cada 4 pessoas não se identificam com as exibições artísticas e, por isso, nunca foram a um museu, de acordo com o Ministério da Cultura. Dessa forma, apesar dos incentivos governamentais, como o Vale-Cultura-- auxílio financeiro para utilização em museus e teatros, por exemplo--, a carência de público é um impasse a inclusão cultural. Sendo assim, a inserção depende não só da formação de um público consumidor, mas também da reestruturação de valores enraizados.           Portanto, é fundamental que o acesso a cultura seja democratizado a fim de atingir a população em sua totalidade. Dessa maneira, o Ministério da Cultura deve estimular a ocorrência de eventos artísticos para os municípios mais afastados das regiões metropolitanas. Soma-se a isso a necessidade de investimento na educação, sobretudo em artes; assim, o Ministério da Educação deve disponibilizar recursos financeiros às escolas para que possam dinamizar e aprimorar o ensino das artes para que possam se identificar com as exibições culturais e repassar o conhecimento, principalmente, aos familiares. Caso haja a execução de tais ações, a cultura será democratizada nacionalmente.