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Enviada em: 11/08/2018

Na década de 30, durante o Governo de Getúlio Vargas, foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que visa à preservação e promoção dos bens culturais brasileiros. Contudo, contemporaneamente o acesso a elementos como livros, teatros, museus e internet são restritos e de forma desigual. Essa problemática é decorrente da concentração do espaço cultural e do difícil acesso econômico.      Em uma primeira análise, sob a ótica histórica, assim como no período conhecido como Renascimento, a produção cultural era financiada pela elite e voltada para os interesses da mesma. Na atual conjuntura brasileira, os espaços destinados à cultura estão concentrados em áreas de maior poder aquisitivo, promovendo uma exclusão de boa parte da população, principalmente residentes de cidades do interior, como é o caso de mais de 70% de pessoas que nunca assistiram a um espetáculo de dança por exemplo, segundo uma pesquisa realizada pela UNESCO. Dessa forma, é indubitavelmente necessário mudar esse cenário, de modo a tornar o acesso a cultura livre e universal.          Outrossim, o filósofo Confúcio faz uma interpretação analítica, na qual afirma que "A cultura está acima da diferença da condição social". Entretanto, o elevado preço dos livros, musicais, peças teatrais e cinema, tornam o acesso cultural extremamente restrito e privilégio de uma minoria, o que antagoniza as reflexões estabelecidas pelo autor. Dessa forma, as pessoas mais carentes, mesmo que em áreas urbanizadas, acabam não frequentando os espaços relacionadas à cultura, formando uma sociedade cada vez menos interessada nesse tipo de atividade. Por isso, a democratização é de fundamental importância.        Assim, a fim de combater essa problemática, cabe ao Estado instaurar políticas públicas de incentivos orçamentários, de modo a construir espaços culturais como teatros, cinemas e bibliotecas em regiões desprovidas. Bem como, criar programas de desconto à pessoas de baixa renda, em livrarias por exemplo, com carteiras que comprovem tal situação, de modo a garantir que todos possam ter acesso e frequentar os locais de âmbito cultural. Além disso, é necessário que as escolas promovam projetos de educação, com aulas de músicas, artes e literatura para incentivar os alunos desde a infância tanto a produzir como assistir essas atividades. Dessa maneira, construir-se-á uma sociedade em que o acesso a diversidade de cultura brasileira seja uma realidade para todos, e não mais privilégio de determinados grupos sociais.