Enviada em: 26/04/2017

Desde a Grécia Clássica, no século VIII a.C., a democracia é analisada como algo fundamental para a sociedade, sendo a cultura um dos importantes aspectos debatidos entre a população ateniense. No Brasil, os desafios para democratizar o acesso à cultura, estende-se até os dias hodiernos, tendo como os elevados preços para adentrar um espaço cultural, juntamente com o incultismo para com obras literárias, os principais impasses a serem sanados.   O preço proposto na entrada de um teatro ou até mesmo em um simples cinema, muitas vezes, não possibilita o pleno acesso de todas as classes sociais, devido, na maioria dos casos, ao seu elevado custo. Segundo Clement Attle, a democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando a minoria. Portanto, a quantidade de museus, teatros, cinemas ou óperas não determinará o maior acesso à cultura, e sim, a viabilidade do mesmo.   De acordo com o líder Nelson Mandela, a educação é a maior arma que se pode usar. A leitura é uma importante ferramenta para transcender a forma de vermos o mundo, além de trabalhar, diretamente, com o exercício da mente. Todavia, atualmente, mais de 70% da população brasileira não aderem à este hábito, preferindo, na maioria das vezes, assistir à programações na televisão e, ainda assim, optarem por novelas à jornais.   Destarte, depreende-se que ações são necessárias para atenuar a problemática. Logo, o Ministério da Cultura deve propor a isonomia do acesso à cultura por meio da diminuição dos preços de ingressos, para que uma maior faixa social possa ser atendida. Além disso, o Ministério da Educação, aliado à iniciativa voluntária de estudantes e professores, deve regular feiras de livros nos principais centros urbanos de cada capital, com o intuito de resgatar o interesse pela leitura, principalmente, de crianças e adolescente, visto que estes são o futuro da nação. Então, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para democratizar o acesso à cultura, visto que cultura não se falta no Brasil.