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Enviada em: 01/05/2017

Brasil a terra da mistura    O privilégio do conhecimento, antes dominado pelos nobres e o clero, se difundiu com o advento da classe burguesa, que passou a patrocinar artistas no Renascimento, difundindo assim pensamentos contrários ao poder absolutista. O surgimento de déspotas esclarecidos não se estendeu à classe servil, que teve como prioridade necessidades básicas à existência humana, fator que se reflete na sociedade brasileira, concentrando a cultura e prejudicando sua valorização.  A colonização extrativista do Brasil, a escravidão e a pobreza, determinaram a exclusão de aspectos culturais típicos do brasileiro, valorizando a produção europeia em detrimento de um embranquecimento equivocado, impossibilitando ao brasileiro a admiração do povo de sua própria nação. Uma dança típica, como a Capoeira, acaba sendo inferiorizada quando apresentada junto ao Balé Russo, em um momento em que o valor se equaliza justamente nas diferenças.   O romantismo de José de Alencar em "O Guarani", apresentou com naturalidade o estado de espírito brasileiro, sua essência nacionalista possibilitou reinventar o orgulho em compartilhar raízes indígenas, africanas, e europeias, onde cada uma tem valor fundamental, se complementam sem que sejam diminuídas, o que não é relembrado com frequência.     Freud dizia que " O pensamento é o ensaio da Ação", e difundir a História em conjunto com o MEC e o Ministério da cultura é beneficiar o desejo intrínseco ao ser humano que é o saber, difundindo hábitos como a leitura proporcionando a diminuição impostos nos livros, criando centros de repercussão cultural, não somente com oficinas manuais mas que ensinem sobre o próprio povo, para que assim se estabeleça novamente uma identidade mesta, tipicamente brasileira.