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Enviada em: 27/04/2017

Sabe-se que, no Renascimento, os mecenas -burgueses ricos- eram os responsáveis pelo investimento em arte. Nesse período, foi produzido um grande número de obras, como pinturas e esculturas. Contemporaneamente, o desafio a ser vencido é a democratização cultural visto que ainda hoje a camada mais abastada é privilegiada pelo seu poder aquisitivo. Além disso, há pouco incentivo à produção de conteúdo erudito e popular como entretenimento coletivo. Em primeira instância, cabe destacar que promover o acesso à cultura é, ainda, ampliar o uso dos espaços públicos e a interação social. Espetáculos musicais e circenses, por exemplo, reúnem multidões e são uma forma lúdica de absorção de novos conhecimentos e valores sociais. A escola, sozinha, não é capaz de proporcionar aos indivíduos as experiências necessárias para a formação de um senso crítico consistente. Dessa forma, a cultura é fundamental para que as pessoas convivam bem em sociedade e se respeitem, e por isso devem receber incentivo Estatal. Nesse contexto, democratizar a aquisição de cultura é promover a equidade social, visto que amplas camadas possuirão acessos semelhantes às formas de conhecimento e entretenimento. No entanto, a má distribuição espacial de cinemas e teatros é um exemplo da segregação. Vale lembrar, também, que o custo dessas atividades muitas vezes são é acessível à todos, o que evidencia o elitismo e a produção de conteúdo voltada para esses. Em síntese, ampliar o ingresso cultural é desafiador não só por levar novas sabedorias, mas por intervir na desigualdade social que abarca o Brasil. Evidencia-se, portanto, que é imprescindível a atuação do Estado nessa problemática, pois o acesso a cultura é um direito do cidadão. Para que a democratização seja vista na prática, o Ministério de Educação e Cultura deve promover incentivos fiscais para a construção de cinemas e teatros em cidades interioranas, como a doação terrenos, com parte do PIB. Além disso, reduzir os impostos, para que o custo não seja um problema. Somado a isso, os municípios, aliados ao Governo Federal, deve criar escolas de artes, que ensinem música, dança, pintura e outras atividades que incentive a ampliação cultural e a produção de conteúdo, e com isso, o acesso. Somente assim será democrático.