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Enviada em: 06/05/2017

Ao povo o que é do povo                     Quando o carnaval brasileiro surgiu na cidade do Rio de Janeiro, o povo era o pilar da festa. Hoje, a folia com trios elétricos e abadás condicionam a grande massa a coadjuvante da festança. Diante da crescente marginalização popular, o Estado e a sociedade debatem sobre os desafios para democratizar o acesso à cultura.               Em primeiro lugar, o Governo Federal propõe incentivos para viabilizar a difusão cultural. Porém, por mais que a leis Rouanet ou o “Vale-cultura” tentem suavizar o abismo existente, ainda é pouco difundido e esbarram na ganância de alguns artistas. Como no exemplo dos shows da cantora Claudia Leite, financiados pela lei, que deveriam apresentar teto de preço acessível e ingressos gratuitos para a comunidade carente. No entanto, ela não cumpriu a parte do acordo.           Outrossim, é o esforço por parte dos estamentos sociais na busca de democratizar o conhecimento. O sistema S promove espetáculos teatrais e musicais abnegados em diversas cidades brasileiras com o intuito da promoção cultural. Mesmo assim, a divulgação dos eventos é insuficiente para atrair o grande público, uma vez que a exposição da solenidade na TV aberta ainda é custosa. Não obstante, o transporte público ineficaz também influência na pouca adesão popular.                   Desse modo, a democratização da cultura necessita de mais incentivos tanto Estatais quanto sociais. Por isso, as mídias televisivas, com o aporte do erário, podem viabilizar espaço publicitário para a divulgação dos espetáculos gratuitos, bem como a exibição deles com a fiscalização rigorosa do Estado. Somado a isso, a diminuição de impostos para aquisições culturais também precisam ser priorizadas, como livros, filmes e peças teatrais. Ademais, a sociedade necessita cobrar do Poder Central um eficiente transporte público para que esse não seja um fator proibitivo para a grande massa alcançar os espetáculos. Por fim, assim como diversas manifestações artísticas nasceram da cultura popular é imprescindível que deem “ao povo o que é do povo”.