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Enviada em: 26/04/2017

Hábitos culturais são a identidade de um povo, de sua história de legados e conflitos. No Brasil, essas práticas são diversas por contextos de miscigenação dos nativos com imigrantes. Entretanto, para um país continental, torna-se dificultoso a tarefa de inclusão e preservação cultural, na medida que suas regiões ainda são desconectadas em relações socioeconômicas e por conta de influências de valores externos.      Em uma primeira abordagem, com o início do Romantismo no Brasil, surge a narração em sua literatura, uma forma de entretenimento de mais fácil compreensão e adesão social, se comparado com os poemas e poesias. Desde então, tal gênero vem se adaptando em busca de atender os anseios individuais, sendo incluído até na internet para facilitar o acesso. Contudo, a literatura, teatro, música, danças e outros, estão mais ligados atualmente ao meio virtual, favorecendo o contato com a cultura para alguns e negando-a para outros. Fenômeno esse conhecido com exclusão digital, atinge certa de 40% da população brasileira de acordo com o IBGE, o que mesmo com esforços municipais em criar outros meios de acesso cultural, torna algumas populações desconectadas com o país e o mundo.       Um outro ponto importante, diz respeito ao etnocentrismo herdado dos colonizadores do Brasil, onde os valores europeus estavam a cima de indígenas e escravos. Tais atitudes marcam uma dificuldade de tentativas de diversificar práticas culturais nos meios artísticos do país. Um exemplo foram os comentários nas redes sociais, sobre a novela da Globo o Velho Chico de 2016, em relação a práticas religiosas um tanto incomuns mais importantes para a história nacional. Esses preconceitos validam ações de indústrias culturais em padronizar valores, mais adotados pelos indivíduos, em busca do lucro e, ao mesmo tempo, rebaixando costumes não muito populares.       É indispensável, portanto, que a Secretária de Cultura juntamente com os Governos Municipais, desenvolvam um conjunto de ações afirmativas de inclusão cultural, principalmente por meio da internet, que visem diminuir as desigualdades existentes da produção e do acesso à essas manifestações. Somado a criação de campanhas de conscientização social, para a população em geral, sobre o respeito ao multiculturalismo brasileiro, evitando conflitos ideológicos nos ambientes de interação populacional. Ademais, é necessário que haja reformas da Industria Cultural brasileira que possam valorizar e afirmar aos cidadãos as diversidades existentes, por meio de diferentes meios artísticos (como novelas, programas de entrevista, jornais e outros), provendo um respeito mútuo e a perpetuação de valores.