Enviada em: 30/04/2017

Em 1985 com a criação do Ministério da Cultura no Brasil, que tinha como finalidade a valorização  dos patrimônios materiais e imateriais do país, tinha-se em mente que o processo de democratização do acesso a cultura para a população estava cada vez mais perto. Mas 32 anos depois, o que se vê é um acesso deficitário e desigual.  Primeiramente, a cultura é vista somente como um fator de entretenimento, mas sua principal importância esta na formação do caráter de cada indivíduo. O Brasil por se tratar de um país multicultural, devido ao seu vasto território, é indispensável a valorização de todas as formas de manifestações e expressões culturais. Mas no cenário atual o que se pode enxergar é uma enorme desigualdade no acesso à produção cultural.    Cinemas, teatros, museus, bibliotecas, são realidades presente na vida da minoria da população devido a falta de implementação de projetos culturais, pouca difusão de informações, bem como o alto custo de acesso. São vários os desafios enfrentados para a aproximação do povo brasileiro com o seu patrimônio cultural, e um dos fatores principais que interferem essa proximidade é a desigualdade social, devido à má forma de distribuição  de riquezas e benefícios sociais do sistema capitalista.     No entanto, a falta de interesse por parte dos próprios cidadãos é outro fator que acaba prejudicando o acesso à cultura, levando a uma necessidade de compreensão da importância da cultura na formação de um indivíduo.    Torna-se evidente, portanto, que o processo de democratização ao acesso à cultura, está longe de acabar. E ainda há muito o que ser feito. Começando pela divulgação e valorização das manifestações e formas de expressão, por meio de campanhas, festivais temáticos e programas de televisão, por parte do governo e das mídias sociais, para os grupos desprivilegiados socialmente. Criação de projetos com espaço de circulação e produção da diversidade cultural, como teatro, música e dança, nas escolas. Só assim poderemos alcançar, de vez, o acesso à cultura a todos.