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Enviada em: 26/04/2017

Em 1985, no governo Sarney, nasce o Ministério da Cultura no Brasil, com a finalidade de promover, gerenciar, financiar e, portanto, valorizar o patrimônio material e imaterial do país. Desde então, torna-se mais fácil aproximar a população de seus costumes. No entanto, mais de 30 anos depois, cabe analisar até que ponto esse acesso existe.  Em primeira análise, cabe pontuar que a democratização cultural é deficiente no Brasil. Comprova-se isso por meio de pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que indicam 93% das cidades do país sem cinema, teatro ou museu. Assim, faz-se com que a grande maioria da população não tenha um fácil acesso ao acervo cultural de sua região. Dessa forma, torna-se necessário o aumento de incidência das políticas públicas na área cultural dessas regiões.  Ademais, convém frisar que as escolas, detentoras do papel histórico de transmitir a cultura e adequar as novas gerações aos valores culturais, não cumprem o seu papel de forma eficiente. Uma prova disso está na falta de uma disciplina sobre cultura popular na grade escolar do ensino fundamental. Sabe-se que a cultura tem um papel importante no processo de aprendizagem, pois ela nutre todo o processo educacional, na função de formar um indivíduo crítico e conhecedor de sua origem cultural. Diante disso, torna-se necessária a criação de uma disciplina sobre arte popular, para que se possa discutir sobre as culturas diversas em sala de aula.  Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Estado crie políticas públicas que possibilitem a criação de museus históricos em todos os municípios menores, para garantir de fato o direito de todos os cidadãos ao acesso à cultura. Além disso, é essencial que o ministério da educação transforme cultura popular em uma matéria fixa para a grade curricular no ensino fundamental, para que haja socialização do discente e docente e integração entre as demais culturas no ambiente escolar. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para lidar com a problemática.