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Enviada em: 27/04/2017

Em 1985, foi criado o mistério da cultura que visa promover e valorizar o patrimônio material e imaterial do país. Desde então, tornou-se mais fácil aproximar a população de seus costumes. No entanto, após mais de 30 anos, grande parte da população brasileira não têm acesso a esses costumes, seja pela falta de condições financeiras e investimentos públicos ou pela inexistência do ensino de artes nas escola.   Nesse sentido, é importante entender que a sociedade brasileira possui uma certa carência relativa ao acesso à cultura. Essa falta se explica no fato de que, os habitantes dos 1.185 municípios não possuem bibliotecas públicas, ou dos 5.141 que não têm sequer uma sala de cinema. Os dados  tirados do "Perfil dos Municípios Brasileiros", traçado pelo IBGE, evidencia a dificuldade de acessar quaisquer meio de aquisição cultural e mostra o quanto ainda há por fazer para evitar que a televisão seja a única fonte de informação a atingir todo o território nacional.   Além disso, é essencial lembrar que a maior parte da população não possui condições financeiras para usufruir das manifestações culturais existentes. Seja desfrutar de uma sessão de cinema, assistir uma peça teatral ou até mesmo a leitura de um bom livro, graças aos elevados preços de ingresso a esses meios de disseminação cultural.    Ressalta-se ainda a importância dos costumes na formação da identidade do indivíduo. Sendo assim, o ensino de artes nas escolas é de fundamental importância. Porém, até o ano de 2016 somente o ensino da música era obrigatório na grade da educação básica, a partir de então o ensino de artes visuais, dança e teatro passaram a ser obrigatórios, possibilitando assim que o aluno tenha um leque de conhecimento acerca do seu próprio país e do mundo.    Diante dos fatores apresentados, conclui-se que ainda há muito que ser feito para que toda a população brasileira tenha acesso à cultura. É importante que, os municípios promovam eventos culturais, como peças teatrais e festivais, a preços mais acessíveis ou gratuitos e em regiões periféricas, a fim de descentralizar a cultura, e que as Prefeituras Municipais promovam projetos culturais ou direcionem uma maior parcela de investimentos para projetos socioculturais já existentes, como Meninos de Minas e Meninar, além de capacitar os professores, com programas de incentivos para aperfeiçoamento profissional, para uma abordagem satisfatória do ensino de arte. Afinal não se conhece um país sem conhecer a sua história e a sua arte.