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Enviada em: 01/05/2017

Quando se fala em cultura, normalmente, o primeiro pensamento que nos ocorre refere-se aos hábitos e/ou costumes de determinada região. Imagina-se diferenças de visões, de comportamentos (sejam elas no Brasil ou em outro país) mas, afinal, cultura relaciona-se apenas as crenças e costumes?         A sociedade possui o hábito de tratar a absorção da cultura, na maioria do tempo, de forma empírica. Estamos acostumados a aprender por meio da família e dos amigos o comportamento da sociedade na qual estamos inseridos, o estilo de música que influencia os gostos, a visão mais alternativa ou mais conservadora que escolhemos ter. Entretanto, a cultura vai além do que aprendemos pelo método da observação.         Hoje, nota-se o grande desafio da disseminação da cultura justamente pelo fato da mesma ser considerada apenas como a vivência da crença e costumes da sociedade. Meios de informação e cultura como rádios, cinemas, teatros, exposições não são frequentados pela maioria da população em função da dificuldade de visualizar que tais meios são parte da nossa riqueza cultural. O grande impacto deste comportamento é  que este acesso se restringe a uma pequena parte da sociedade que, geralmente, é a que possui mais oportunidade de educação.          Grande parte desta deficiência relaciona-se a dois itens: a falta de interesse por parte do Estado e de instituições em investir no segmento cultural e a falta de valorização dos profissionais do setor. Os recursos destinados são baixos, as escolas públicas não possuem um programa consolidado que valorize a cultura o que acaba criando a falsa impressão de que matérias como arte não são essenciais para a formação e desenvolvimento do indivíduo. É importante que se busque divulgar, conscientizar e investir para que a cultura seja valorizada e ganhe mais espaço em nossa sociedade, melhorando não apenas as opções mas também a percepção e o desenvolvimento do senso crítico dos cidadãos.