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Enviada em: 27/04/2017

A cultura de um país retrata os costumes e hábitos de um povo, logo, é notório o seu valor para a construção de uma herança social. Entretanto, mesmo que os direitos culturais sejam necessidade básica e direito dos cidadãos, ainda existe parte da população que não tem o acesso. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevante para que isso aconteça: o difícil acesso da sociedade a atividades culturais e a pouca valorização da diversidade cultural nacional.     Torna-se evidente referenciar os sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer, no qual citam que, em decorrência da revolução industrial, a indústria cultural tornou-se produto de consumo, possuindo preços e mercados consumidores específicos. Logo, é valido analisar que ainda no século XXI, o custo de aquisição de livros e ingressos para exposições, teatro e cinemas inibe muitos a terem acesso a cultura. Também, devido a incultura da sociedade sobre as manifestações regionais presentes no país, a identidade de um povo não é valorizada de forma adequada. Um dos motivos para que isso aconteça, é a abordagem muito superficial do assunto nos currículos escolares, embora o MEC (Ministério da Educação) exija o conteúdo Ético-Raciais, muitas instituições ainda não se adaptaram para ministrar de forma aprofundada o assunto. A tal realidade demonstra que o ato de insipiência cultural promova impactos de grandes proporções em um país.      Em detrimento dessa questão, a música “Não Deixe o Samba Morrer” cantada por Alcione, demonstra que as raízes culturais são imprescindíveis para a construção de um povo, e que sem a disponibilidade a ela haverá, não só, a não utilização de meios culturais existentes no país e certo esquecimento de algumas marcas regionais do país. Como também, o desconhecimento por parte dos adolescentes e das crianças alimentando um isolamento regional, no qual serve de combustível para manifestações preconceituosas, muito comuns na internet, contra nordestinos, nortistas, sulitas etc.    Fica claro, desta forma, que o difícil acesso e pela pouca valorização nas atividades culturais dificultam os desafios para para torna-lá democratizada. Diante disso, é imprescindível que o poder judiciário fiscalize a lei da Constituição Federal (Art. 215), na qual compete ao estado garantir a todos o exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, apoiar e incentivar a valorização e a difusão das manifestações,a fim de, através da democratização todos os cidadães tenham acesso aos bens de cultura. Faz-se necessário também, que o ministério da cultura através da mídia, divulgue e valorize as práticas, por meio de programas de televisão, campanhas e até festivais temáticos, no qual possa atingir pessoas de diferentes idades, como dizia Aristóteles: “A cultura é melhor conforto para a velhice”.