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Enviada em: 27/04/2017

Políticas de incentivo a formação de cidadãos       Museus. Cinemas. Teatros. Bibliotecas. Espaços culturais como os supracitados não estão presentes em uma parcela significativa das cidades brasileiras. Notando-se, portanto, uma desvalorização do papel - social, humano e político - da arte dentro da sociedade. O acesso a cultura, se democratizado, trará mudanças expressivas no comportamento cidadão: desenvolvimento da empatia e do senso crítico, bem como sensação de bem-estar.        O homem, de acordo com a perspectiva aristotélica, é um ser naturalmente político e sociável. No entanto, ao não vivenciar determinadas situações, perde-se a capacidade de empatia a outrem, gerando sentimentos individualistas (o mal da pós-modernidade segundo Zygmunt Bauman) e analogamente, o declínio do senso crítico, principalmente relacionado a situações sociais degradantes as quais não se está inserido, no entanto, questionar esses paradigmas é um dever do cidadão político. A leitura, filmes, espetáculos, músicas entre outras manifestações culturais têm a capacidade de envolver emocionalmente o espectador e por analogia desenvolver estes aspectos: empatia e senso crítico.        Outro aspecto que se faz relevante é a sensação de bem-estar e felicidade consequente de tais manifestações culturais. Contudo, tais prazeres não são acessíveis a maior parcela dos brasileiros, haja vista a baixa renda da população juntamente com o valor, se comparado ao salário mínimo, elevado desses espetáculo e obras. Segundo o filosofo iluminista, Voltaire, o Estado deve servir aos interesses da felicidade pública, associando tal pensamento a temática, deduz-se que é função do Estado a garantia destas práticas culturais a população carente.       Torna-se imprescindível, portanto, que o Estado oferte condições ao usufruto dessas manifestações, o que deve se feito a partir de uma ação conjunta entre o poder legislativo e executivo, que, como medida, poderá garantir auxílios financeiros assim como descontos as pessoas que possuem baixas condições econômicas. Há também a possibilidade de incentivo a criação de instituições beneficentes (com artistas voluntários) que ofertem tais espetáculos gratuitamente, bem como, cabe as instituições de ensino, tanto privadas quanto publicas, tal oferta, afinal essa medida fará parte da formação de cidadãos mais inteirados socialmente.