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Enviada em: 28/04/2017

A criação do Ministério da Cultura (MINC) em 1985, teve a intenção de resguardar, incentivar, difundir e, até mesmo, financiar, a produção cultural no Brasil, esperava-se com isso a democratização no acesso e na produção cultural. Infelizmente, não é o que se observa no decorrer dos mais de 30 anos. Incentivar a expansão do acesso a cultura torna-se algo cada dia mais desafiador para sociedade brasileira.Nesse sentido, a falta acesso a equipamentos e a exploração comercial, tornam quase utópica a real massificação cultural desejada.     Primeiramente, deve-se considerar que o Brasil é um país de dimensões continentais, o que torna o processo de democratização cultural algo muito complexo. Segundo o IBGE, em 2014,  menos de 30% dos municípios brasileiros tem instalado um cinemas, museus ou teatros. Infelizmente estes números, não muito diferentes dos resultados de 1999, mostram o quanto ainda precisamos melhorar quantitativamente - e qualitativamente - em relação a abrangência da oferta de cultura para essa nação.    Em segundo lugar, os altos preços praticados nos "produtos culturais", aliados ao fato de os "operários da cultura", que são quem de fato tentam mudar algo e que sequer são reconhecidos formalmente por isso, acabam desmotivando muitas vezes tanto o consumo quanto a produção de conteúdo. Além disso, os altos impostos, inclusive em produtos de fomento cultural, aliados a discrepância econômica das regiões do país, acaba fazendo com que poucas pessoas tenham o real acesso, esse fato acaba criando uma barreira quase intransponível a difusão da cultural.    Vale destacar, portanto, devemos rever a forma como consumimos a cultura, além de expandir a sua oferta para todo o território. Nesse sentido, o governo poderia conceder incentivos fiscais para produtos culturais, o que poderia refletir diretamente no preço, facilitando o acesso. Além disso, empresas e Ong's poderiam, em parceria, promover oficinas e mostras culturais itinerantes com intuito de expandir a oferta de cultura no território. Somente assim viveremos, onde Cultura será mais que nome de Ministério.