Materiais:
Enviada em: 28/04/2017

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas ''Memórias Póstumas'' que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: um país que se diz democrático e não consegue tornar a cultura acessível a toda sua população não é motivo para se orgulhar. Discutir o assunto e encontrar caminhos para o empasse, é fundamental nesse contexto.     Cinema, teatro, museus, livros e musicais são os melhores exemplos para a palavra cultura, uma vez que além de serem uma forma de entretenimento, são também, formadores de caráter, conhecimento e ainda, uma forma de crescimento para o país.  O problema, é que segundo uma pesquisa realizada pelo site UOL, 71% dos brasileiros não tem acesso à cultura. Além disso, quando o é possível, muitas vezes há uma espécie de barreira, criada pela própria população, quando acreditam que cultura é para ricos e intelectuais.       O maior impasse encontrado pela população, para usufruir dos bens culturais, são os altos preços. Assim, comprar um livro, assistir a uma peça teatral, visitar um museu, passa a ser algo que não entra no orçamento dos brasileiros. Outras vezes, a maioria das cidades, principalmente no nordeste, não possuem ambientes próprios para oferecerem atrações culturais à seus habitantes.        Com tudo que foi dito, fica evidente a necessidade de ampliar o acesso à cultura. Cabe ao Governo Federal, destinar recursos aos municípios para a criação de bibliotecas, cinemas populares e campanhas publicitárias que mostrem à população a importância de usufruir de tais elementos. Às escolas, cabe buscar doações de livros, oferecer aulas de arte e passeios culturais à seus alunos. Por fim, também é importante que as empresas ampliem a oferta de vales- cultura à seus funcionários. Esse, seria um legado de que Brás Cubas poderia se orgulhar.