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Enviada em: 30/04/2017

Democratizar o acesso à cultura ainda é um desafio, na medida em que apesar dos avanços ocorridos nos últimos anos, o ensino de Artes ainda é mecânico e tradicional. Dentre os fatores relevantes, destacam-se: a falta de conscientização sobre a importância da disseminação cultural e a ausência de profissionais especializados na área.       Observa-se que até bem pouco tempo, o seu ensino ocupava segundo plano, apenas para cumprir o calendário acadêmico, o que constitui um equívoco, já que o indivíduo precisa compreender as suas origens culturais, para formação de sua personalidade enquanto cidadão capaz de agir e transformar o meio em que vive. A falta de uma identidade sólida, faz com que os jovens se tornem mais vulneráveis ao caminho das drogas e da marginalização. Neste sentido, existe uma lacuna a ser preenchida e com a implantação da "Lei 13.278/2016" alguns aspectos sem dúvidas irão melhorar, mas ainda são insuficientes para abranger a complexidade do tema.        É preciso desassociar o conceito de cultura, ao ócio, sem esquecer a importância da valorização do professor de Artes, pois a falta especialização pedagógica na área é um dos principais agravantes na disseminação cultural. Não é só uma lei, um professor ou uma disciplina, mas um conjunto de medidas que solidifiquem o ensino. Assim, estabelece que é preciso que ocorram diversas e constantes capacitações aos docentes, a fim de reconhecer a relevância do seu papel enquanto agente transformador, pois só a educação enquanto base na formação, é a resposta para todos esses problemas.        Portanto, torna-se fundamental a democratização cultural, pois existem inúmeros casos de pessoas que conseguiram superar o caminho das drogas e consequente marginalização após ingressarem em projetos sociais envolvendo Artes, o que pela complexidade do tema, dispensa qualquer outro argumento para comprovar e validar a sua importância para sociedade.