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Enviada em: 06/05/2017

Aproximadamente 90% dos brasileiros nunca foram ao cinema, mais de 90% não entraram em um museu, menos de 20% dos municípios tem cinema e teatro, segundo a UNESCO. Observa-se a pequena porcentagem da população que tem acesso a meios de disseminação cultural resultando em uma sucinta amostra da grande variedade brasileira, dessa maneira o cidadão pouco conhece o seu entorno e acaba priorizando somente um modo de ver o mundo e sendo preconceituoso com os demais, muitos também não querem outra etnia com suas práticas o que acarreta em pouco compartilhamento.    Nesse contexto, o número de cidades a apresentarem meios de entretenimento e educação que transmitam costumes, valores e hábitos de outros povos, é inapropriado, assim os habitantes não reconhecem outros meios de pensar e acabam hipervalorizando o seu modo. O etnocentrismo, não é um conceito novo, mas é duradouro, com Hitler na Segunda Guerra Mundial, a superioridade da raça ariana, ilustra esse conceito assim a democratização é essencial, pois há o nivelamento das ideias e o respeito mútuo ocorre naturalmente.     A apropriação cultural é quando a cultura do outro é levada para um meio pejorativo ou de comercialização, diante da adulteração desse conceito ele é visto como qualquer contato com a cultura que reflita no seu uso, como mulheres brancas usando turbantes, o que dificulta a disseminação de práticas, pois muitas pessoas podem se sentir ofendidas ao enquadrarem esse ato em uma concepção errada. “A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo”, Ruth Benedict. Sendo o Brasil uma nação com várias misturas o entrelaçamento entre práticas deveria ser mais acessível, mas como não ocorre, consequentemente, as “lentes” não são muito repassadas o quanto deveriam e o conhecimento delas é pouco difundido.    Desse modo, é dever da administração pública dar o suporte necessário a sua população com prédios e valores populares que tenham exposições e espetáculos que influenciem positivamente na formação do cidadão, esses lugares tem de ser difundidos por todo o país para que haja semelhante acesso. Uma alternativa mais acessível seria o Ministério da Cultura incentivar grupos autônomos com verbas, para auxiliar nas apresentações que deveriam ser em lugares de grande circulação de pessoas. A iniciativa privada deve fundar parceiras com o poder executivo para formar projetos nas próprias empresas que beneficiem o funcionário nesse campo através de descontos conjuntos para os que forem a apresentação. A mídia deve divulgar em canais de TV e internet assim aumentando o público e incentivando esse meio a crescer, além de beneficiar a população com entretenimento.